
#1 Você não acha incrível esse olhar ?
Eu sei que é HUAHUAAUH mas eu não consigoo AAAAAAH me dá uma preguiça de levantar ._. às vezes nem é isso, é que eu tenho uns sonhos FANTÁSTICOS, você nem imagina, uma vez sonhei com meu avô morto, ele conversava comigo em inglês e a gente tava na praia, foi super realista, eu sentia que era verdade. aí depois que eu acordei contei pra minha tia, e ela me disse que meu avô amava praia e falava inglês MUITO bem, mas eu não sabia de nada disso, ele morreu três meses antes de eu nascer. é por isso que às vezes eu queria dormir pra sempre, porque meus sonhos são muito legais (♥) AYAUHAUHAGAUAYAUYAG sério.
O senso de humor dos adultos é realmente... peculiar. Nossa, não, eu só tô sendo extremamente solidária, o humor dos adultos é uma bosta mesmo. Riem de cada coisa supérflua que inventam, mesmo depois de anos observando esse comportamento, eu ainda me surpreendo. Fico pensando se um dia não serei exatamente igual. É um dos meus piores pesadelos. É como, não sei, estar numa cidade sitiada com um bando de zumbis comedores de cérebros e você sabe que em breve, muito em breve vai ser tornar um deles, um monstro. Mas no fundo, ser um zumbi é ainda mais interessante do que ser só um humano velho e gordo. Pois é, eu não sou uma fã ardorosa da minha condição homo sapiens.
Eu quero falar de amor, na verdade, essa é uma das minhas maiores obsessões. Algumas pessoas dizem que a vida não tem sentido, e outras dizem que o amor é que é o sentido de tudo. Mas eu honestamente não sei. E acho muito atrevimento até, vir falar disso, se eu tenho só 17 anos e nunca experimentei o amoooor, sabe, exagerado e cheio de ooos. É que no fundo, no fundo, poucas pessoas me amam de verdade. Muitas até pensam que sim, mas não é sério porque são poucas as pessoas que me conhecem de profundis a ponto de poder tolerar meus defeitos, e putz, se você não me conhece como pode afirmar com absoluta certeza que me ama ?
Esse é um dos meus maiores problemas, porque eu não consigo entender e/ou suportar falsas promessas, e quando alguém diz que vai ficar do meu lado pra sempre, é preferível que essa pessoa esteja 100% certa do que diz. Sou intolerante com isso, porque esse tipo de instabilidade corta o encanto da coisa, da relação. E eu não tô falando só de relação amorosa clichê, tipo Romeu e Julieta ou Edward e Bella (que exemplo mais ridículo esse que eu tô dando), mas principalmente de amizade. Porque pra mim, a amizade é o berço de tudo. E como eu já disse ali em cima, não se ama um completo desconhecido, só se ama amigos. Sinto que tô andando em círculos com esse texto, tenho sérios problemas mentais. Ou é a falta de cafeína no corpo.Nossa, escrever às vezes é um inferno. Porque você literalmente abre as comportas das tuas idéias e depois que faz isso é difícil, impossível de conter. As coisas simplesmente... saem, sabe ? Às vezes é bonito, é o tipo de texto que você lê depois e ainda te surpreende, as idéias parecem permanentemente frescas, como se nada tivesse mudado dentro de você. Mas é óbvio que mudaram, o fato é que o seu texto é foda mesmo, do tipo que abarca todo mundo que lê, e mesmo assim se aprofunda na alma de cada um, arrancando as confusões nos cantos certos. Você talhou com palavras uma máquina de pensar, no duro. Mas tem uns que dá vontade de engolir e deixar sufocar, que te envergonham e você fica pensando se tava de porre no dia, ou se tinha levado uma paulada na cabeça. As palavras não fluíram, as histórias tinham som de mentira, sei lá, os personagens eram todos estúpidos. O escritor é que é todo estúpido. Muitas dúvidas. Escrever é levantar muitas dúvidas, isso é fato.Eu ainda fico confusa com muitas coisas que faço, ainda não dou o valor que deveria dar para mim mesma. Eu tenho idéias, e mesmo que me pareçam absolutamente certas, eu vou pedir a opinião de cada um que eu conheço. Às vezes tenho sorte e encontro quem me dê boas sugestões, mas na maior parte das vezes eu me ferro por escutar mais os outros do que minha própria intuição. Mas o fato é que eu ainda sou uma pessoa muito solitária e insegura. Espero que um dia eu seja capaz de fazer as coisas por mim mesma.
Só nos libertaremos do samsara se atingirmos o estado total de aceitação - visto que nós sofremos por desejar coisas passageiras - e alcançarmos o nirvana ou a salvação.
"Era o sexo e não era o sexo. Era o tempo e não era o tempo. Eram as coisas como eram, que eu, como dele, era minha, e ele, como meu, era dele. Que, entre muitos pensamentos tortos, aprendemos a amar o respeito um pelo outro. E a admiração contínua, como um almirante da marinha, se fez presente em todos os momentos da nossa vida a dois."
Por mim, acho que só as mulheres podem desarmar a sociedade, até porque elas são desarmadas pela própria natureza:
Nascem sem pênis, sem o poder fálico da penetração e do estupro, tão bem representado por pistolas, revólveres, flechas, espadas.
Ninguém lhe dá, na primeira infância, um fuzil de plástico, como fazem os meninos, para fortalecer sua virilidade e violência. As mulheres detestam o sangue, até mesmo porque têm que derramá-lo na menstruação ou no parto. Odeiam as guerras, os exércitos regulares ou as gangues urbanas, porque lhes tiram os filhos de sua convivência e os colocam na marginalidade, na insegurança e na violência.
É preciso voltar os olhos para a população feminina como a grande articuladora da paz. E para começar, queremos pregar o respeito ao corpo da mulher. Respeito às suas pernas que têm varizes porque carregam latas d’água e trouxas de roupa. Respeito aos seus seios que perderam a firmeza porque amamentaram seus filhos ao longo dos anos. Respeito ao seu dorso que engrossou, porque elas carregam o país nascostas. São as mulheres que irão impor um adeus às armas, quando forem ouvidas e valorizadas e puderem fazer prevalecer a ternura de suas mentes e a doçura de seus corações. Nem toda feiticeira é corcunda. Nem toda brasileira é só bunda.
Rita Lee
* Nunca disse ao meu pai que o amava antes dele morrer e eu tenho muitos problemas com isso. Eles estão sempre nadando ao redor da minha mente, no meu coração, não resolvidos.