Hoje eu saí pra dançar. Dancei o dia todo, uma balada meio country de compasso lento, uma dança triste. As botas que eu calçava eram de cimento e me puxavam para baixo. E era tudo que eu usava, porque essa dança, assim, meio cruel, meio selvagem, a gente sempre dança nu. Hoje eu dancei uma baladinha que contava a história do mundo, e cara, ela era velha, e nem um pouco bonita. Se fosse música cantada, os vocais me fariam chorar. Mas não era cantada, é vivida, e por isso mesmo eu chorei mais. Porque hoje eu dancei a canção derradeira, trovadoresca, a história da vida, a verdadeira síntese humana. E como ela não tinha final, eu me pergunto: onde vamos parar ?
terça-feira, 25 de agosto de 2009
trovão trovador.
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