Às vezes eu fico com medo de admitir que as pessoas me entediam. Por isso tomo distância delas. Por isso funciono de acordo com minhas necessidades. Por isso me aproximo, e depois me afasto, só pra me aproximar de novo outra vez. Um ciclo.
Então o que eu faço é evitar contato demais, evitar que eu sature. As pessoas, de uma forma geral, não são más, e não têm culpa por eu ser assim. Ninguém tem que pagar o preço de gostar de mim e sofrer pelos meus costumeiros dias anti-sociais. Eu não peço que se retirem, peço que compreendam. Não é tão difícil.
Deixem que eu falte às festas, deixem que eu seja rabugenta e ataque-os quando eu precisar. Mas não me deixem de todo sozinha. Porque eu sou hipócrita e idiota, o que, trocando em miúdos, significa que eu reclamo exatamente daquilo que me salva diariamente: as pessoas que me amam, que cuidam de mim, e que estão sempre ao meu redor.
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