quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
ér
- Não. Não mesmo. Pelo menos ele os matava diretamente, não é como esses crápulas, que nos matam aos poucos e de longe - ela retrucou.
- Os impostos, o governo, a impotência e a lei seca ?
- Exato.
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
anti-suastique, anti-nazi.
Milhares. Milhares de pessoas.
Passeata política, protesto capitalista.
Centenas de corpos amontoados,
naqueles campos de refujiados.
Criação dos malditos, os nazistas.
A guerra vermelha, a profunda garganta.
Millhares de centenas de mortes, um genocídio.
Não há intervenção, não há mão santa.
Deus é, na verdade, militarista.
Alemanha.
Doce Alemanha, nadando em banha.
Bomba. Poeira. Ambulância. Gritos.
Brada Alemanha. Jesus não tem ouvidos.
Porque ele morreu e ressussitou um Hitler.
Heil Führer.
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
merry xmas and anything else
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
pure literature.
jealousy
domingo, 13 de dezembro de 2009
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
de Darwin ao cansaço mental.
Wikipedia. D-A-R-W-I-N. Evolução. Ilhas, beagles, navios, países, animais, teorias, primas. Youtube. Espanhol. Traduzir. Windows Movie Maker. Travou tudo.
A síntese de um trabalho sacal, o meu cansaço mental. HAHA (?)
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
eu e eu.
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
dear aunt iries.
pequeno ser híbrido.
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
come along with me'
Nem sempre tô a fim de papo, às vezes prefiro um livro.
Eu posso ser anti-social, descrente convicta, misantropa e niilista. Mas cara, só pra confundir minha própria cabeça, também sou carente afetiva, desprovida de segurança amorosa, e tola. Uma grande tola.
Creio que viver ao meu lado seja insuportável... para os chatos e acomodados.
Ham On Rye, Bukowski, pág. 241
A cafeteira Clifton era bacana. Se você não tivesse muito dinheiro, deixavam você pagar com o que tivesse. E se você não tinha um puto sequer, não precisava nem pagar. Alguns dos vagabundos iam até lá e comiam bem. O dono do lugar era um velho rico e bondoso, uma pessoa fora do comum. Eu jamais ia lá para me encher de comida. Ia para um café, um pedaço de torta de maçã pelos quais pagava uma moeda de níquel. Às vezes eu pegava uns cachorros-quentes. Lá dentro era quieto, agradável e limpo. Havia uma enorme fonte d'água e você podia sentar junto à ela e imaginar que tudo estava bem. A Philippe's também era bacana. Por três centavos você conseguia uma xícara de café com quantas reposições quisesse. Você podia ficar o dia inteiro por lá tomando café, e eles nunca pediam que você se retirasse. Independentemente de sua aparência. Apenas pediam aos vagabundos que não entrassem com seus vinhos e não bebessem lá dentro. Lugares como esses davam a você um pouco de esperança quando não havia nenhuma ao seu redor.
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
quotes.
"É difícil fazer um homem compreender algo quando seu salário depende, acima de tudo, que não o compreenda."- Upton Sinclair
"Nossos professores americanos gostam de sua literatura limpa e gelada e pura e bastante morta."- Sinclair Lewis
suicidas em preto e branco.
Gosto deveras daquelas imagens em preto em branco. Homens e mulheres que seguravam entre os dedos o cigarro fumegante, absorvendo a fumaça que subia anelada. Sorridentes, algumas vezes até, mas na maior parte delas reflexivos. Como se pudessem prever para onde a boêmia os levaria. Perscrutavam o horizonte, ressabidos, o semblante fechado. Podiam ver o nefasto futuro que se aproximava. Meus suicidas em preto e branco mataram a leveza do meu ser. Levaram-me junto com eles à reflexão nostálgica. Fizeram de mim um fantasma vivo.
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Eu acredito no deus baco, ato primeiro.
Dei uma enorme talagada. Julgava ser capaz de drenar o canecão de uma só vez. Não importava que fossem quase 500 ml de puro vinho, já tinha feito isso antes, com água, e não poderia ser diferente... Engasguei-me e cuspi tudo que tinha na boca, exausto, derrotado.
- Merda!
O vinho ricochetou no chão de linóleo, manchando a madeira, criando imagens subjetivas, alucinantes. Criando hieróglifos em homenagem ao meu primeiro trago. Sabia que era só uma questão de tempo, de hábito, de prática. Muita prática, todos os dias. Logo secaria barris e barris de vinho. Logo, logo.
hugs
O melhor presente que você pode me dar é um abraço: ele é tamanho único, e você não vai se importar se eu quiser devolvê-lo.
to lolly (L
Elas eram amigas. Andavam juntas pela calçada, uma um pouco a frente da outra. Como se se protegessem. Eu não duvidava. Afinal, elas eram amigas mesmo. E não se pode duvidar da amizade.
must the show go on ?
Ouça Pink Floyd, desenhe prismas, escreva em conativa. Pinte as paredes do quarto, transgrida as suas próprias regras. Tenha bigode, barba e cabelo.
rent on
Escolha sua "vida". Escolha seu futuro. Escolha seu emprego. Escolha sua carreira. Escolha sua família. Escolha uma televisão enorme, um carro último tipo, celular e microondas. Escolha jóias, ternos de um tecido caro, viagens para Paris. Escolha tudo isso e tente imaginar-se feliz, entre todas essas coisas, num domingo de manhã. Eu não escolhi nada disso. Porque escolheria? Para ser igual à você? Eu escolhi viver...
domingo, 29 de novembro de 2009
my broken heart blues.
"dont want to be buried in this cemetary!"
Meu pai tem uma funerária. Verdade. Dessas funerárias decentes que organizam toda sorte de despedidas finais. E, dia desses, ele ficou com o velório de uma senhora que morreu de infarto. Durante o almoço. Morreu entre uma garfada de ravióli e uma folha de alface. Isso me fez pensar que a gente nunca, nunca sabe quando é o nosso último segundo vivos. Pode ser que ele chegue como um ultimato, sem que se tenha aproveitado tudo que a vida tinha pra dar. Pode ser que seja aguardado, às vezes até doente ou premeditado. Ou pode ser assim, inesperado. Vindo em meio ao cotidiano diário, sem nenhum tipo de aviso. É por isso que a melhor coisa que fazemos é aproveitar cada segundo, por mais clichê que isso pareça. Afinal, quem quer se arrepender depois de morto, entre uma garfada de ravióli e uma folha de alface?
people in motion.
Pare, pule e olhe lá fora. Tem tanta vida correndo saltitante, e o tempo é agora. Espreite com violência as pessoas na rua, elas sempre desviam o olhar. E aquele que não desvia é digno de importância. Porque sabe que as pessoas se conectam e criam vínculos assim, com uma piscada de olhos. Então não perca tempo, vá conhecer pessoas nas ruas. Vá.
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
vocês.
star fix
Eu ando por aí e deixo pra trás pegadas de Star Fix. Dessas que brilham no escuro, que são feitas de neon e ressoam um rock psicodélico. Minhas pegadas, na verdade, são como um eletrograma da minha alma plástica, que também me deixa cega. Acho que qualquer coisa que nosso corpo libere pelo mundo se torna atordoante. Tanto faz se são cabelos caídos, unhas roídas, lágrimas de um namoro corrompido, ou pegadas de star fix. Ninguém nasceu preparado pra asistir à própria degradação.
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
não sou um só.
Oi, meu nome é calma e eu ganho a vida vivendo em paz. Uns me chamam simples e o que tenho me satisfaz. Porém às vezes sou variação entre a euforia e mesmo a depressão. Tudo que preciso é compreenssão, a vida nunca foi em vão.
terça-feira, 24 de novembro de 2009
só porque você é parte de mim, afinal.
obrigada por seus conselhos, por me fazer viva a cada dia que passa. obrigada por cuidar de mim e me fazer esquecer meu comportamento auto-destrutivo. você é o único que me faz sentir merecedora de algo. eu te amo. demais.
sorry for bein' moody.
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Countrycore - Ramirez
Amigo, não se espante se a mesma música tocar outra vez.
Não muda tom nem letra, é o mesmo jeito de cantar, mas tudo bem.
É tão difícil de entender, ninguém se atreve a surpreender.
Sou diferente, quero ter cabelo grande e tocar banjo na TV.
[...]
Vai se enganando até cansar, tentando em vão se adequar.
E eu assumindo que o meu Beatle predileto é o Ringo Starr.
Mas vou gritar enfim, prefiro ser assim à ser igual a turma toda que faz tipo, mas não sabe ser feliz.
Lembre, quando precisar, que é bem melhor não se deixar levar.
A vida te deu liberdade pra escolher, e fazer dela o que bem entender.
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
domingo, 15 de novembro de 2009
Voodoo Child.
Vamos falar de Hendrix, vamos falar de música. Vamos falar de cabelos, vamos falar de ácido e guitarras. Vamos falar de quem realmente merece, de quem fez alguma coisa decente pela música.
Em tempos de ladys gagás e outras coisas medonhas, o melhor antídoto é a Drope Box. Não sei que graça os jovens de hoje vêem nessas bandas água com açúcar, e riffs e refrões risíveis. Não sei que espécie de bandeira querem erguer. E ainda ousam dizer que gaga arrasa na ousadia. Grandes coisas andar com as pernas de fora e o rosto coberto com veludo vermelho (cobre mesmo, minha filha, que vergonha ser você).
Eu queria ver se ela era capaz de distorcer o hino americano em plena guerra do Vietnã. E o que há de antipatriota nisso?
Nada, o hino ficou lindo.
beau
Me descculpe por tudo isso. Me desculpe por ter tentando, de todas as formas possiveis, controlar você. Por ter esquecido onde a gente costumava guardar os lápis de cor, e os papéis coloridos. Honestamente, eu acho que estava agindo como adulto. E me arrependo disso.
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
R.E.M
Eu não acordei ainda. Julgo que hoje foi um dia tão bom, mas tão bom, que ainda sonho. Docemente em repouso entre as cobertas da minha cama, respirando o pó etéreo da embriaguez mecânica. Eis que mais tarde, quando eu finalmente levantar, não será amanhã. Será hoje mais uma vez. É assim que se passa a vida por aqui, olhando o horizonte, dia por dia, e o futuro afinal nunca chega.
love in there
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
de que tribo és ?
Os melhores seres humanos que eu já conheci não tinham tribo alguma. Muito pelo contrário, pareciam irradiar sua luz num eterno transitar entre as tendências. As pessoas mais geniais que eu já vi passar em minha vida simplesmente não se encaixavam, brincavam de adicionar. Como se fossem peças de um lego de sangue e carne, esses seres jamais parariam em qualquer canto, jamais se acomodariam. Viam graça num eterno crossing-over de informações. Exatamente como eu gosto de dizer, inteligente é aquele que se adapta e tem a mente aberta, e nunca, nunca teme uma mudança. Inteligente é aquele que vive livre de qualquer convicção.
dalí.
terça-feira, 27 de outubro de 2009
land-in.
Já fui cowboy. Daqueles que usam esporas niqueladas, e açoitam seus cavalos contra a noite. Que carregam um rifle Winchester, e fogem dos que têm a pele vermelha, por causa dos seus loucos rituais e do hábito de serem canibais.
Já fui gangster. Assaltando bancos e apostando vidas. Empunhando minhas Tommy Guns, abrindo crateras no governo americano. Inimigo público, freqüentando bordéis e ganhando os corações de garotas louras, loucas e lindas.
Já fui pirata. De perna-de-pau, gancho na mão e papagaio no ombro. Comendo bananas em ilhas do Caribe, e bebendo rum até o sol raiar. Roubando, saqueando, pilhando cidades inteiras, e fugindo para a imensidão negra do mar.
Já tive muitas fantasias, inventadas na hora, ou não. Já brinquei de ser mais do que apenas eu, e não pretendo parar agora. Ainda não...
heathcliff
Se você já leu “O morro dos ventos uivantes”, sabe do que a miss Moustache está falando. Se não leu, deveria desligar esse computador agora, e procurar urgentemente uma biblioteca. Se há algo que a miss Moustache não suporta, é falta de cultura. Aí, nem tendo a barba mais linda do planeta meu amigo, ela não vai gostar de você. Não mesmo.
Agora, voltando aos nossos amigos da época vitoriana, dizer que Heathcliff é o único vilão daquela história é negar o óbvio: em histórias de amor não existem mocinhos ou bandidos. Em histórias de amor somos como um só. Em histórias de amor, tanto faz se você é Heathcliff ou Linton ou Cathy, é preciso ouvir seu coração, sempre. Quando se cala o coração, se consente com a dor e a infelicidade. Ignorar os sentimentos é convidar a amargura a fazer estadia permanente dentro de nós. E aí não se pode culpar Heathcliff, ninguém quis ouvir o coração dele.
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Tem dias que a gente acorda pra dentro. São dias de melancolia e choro reprimido. Dias de ver o mundo passar e nos deixar pra trás. De ver a idade chegar, com gosto de sal e sangue. São dias desses de tédio e água garganta abaixo, que é pra ver se a gente afoga a mágoa. Que é pra ver se a gente se livra da melancolia concentrada.
sábado, 24 de outubro de 2009
c o l o r f u l l b a l l o o n s .
George chegou por último naquele dia, e segurava balões coloridos que ninguém esperava o ver segurar. Os balões contrastavam gritantemente com a cor laranja de seu terno. Mas o que é isso? Paul se perguntava, meio sem saber o que o amigo faria com aquela procissão vibrante. Ringo, entretanto, foi o primeiro a esboçar uma reação física. Sorriu, ensimesmado, como quem dizia: Só podia ser você.
- Aniversário de alguém? - o baterista perguntou, pondo as mãos nos bolsos, e tirando uma carteira de marlboros de lá.
George foi pego de surpresa.
- Não! Eu só passei pelo parque, e vi um cara vendendo isso... Ele me pareceu tão infeliz que eu tive que comprar todos, para que ele pudesse ir mais cedo para casa. - Ele olhou os balões, parcialmente hipnotizado pelas cores. - E depois eu não consegui me livrar deles. É que são tão bonitos...Paul meneou a cabeça, compreendendo. Mas ainda assim não pode conter o riso. Sua gargalhada logo foi acompanhada pro Ringo e George. E então os três perceberam um flash, fotos... Eternizando aquele momento de balões coloridos e sorrisos caricatos, para sempre.
homem quase.
A alma do homem não respira.
Os pulmões do homem são opacos.
E sua mente não é mais colorida.
O homem não tem vida, mesmo que se mova.
O homem respeita a inércia e come o lixo que a chuva varre.
O homem esqueceu o sol, o raio e o fogo.
O homem não lembra o nome do jogo.
O homem não sabe o que é amor.
domingo, 18 de outubro de 2009
share the shelter of your bed.
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
cloud 9
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
meu velho pôster esfarrapado (revisited)
We´re Sergeant Pepper´s Lonely Hearts Club Band,
a new planet rises.
enjoy the show.
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
BlackBird.
- Você quer se transformar em uma coruja Alexander? Você sabe que eu consigo fazer isso.
Até hoje eu não sei de onde ela tirou aquela idéia. Eu realmente me perguntava que pássaro eu gostaria de ser, e sabe lá deus como ela pode me ouvir. Mas eu jamais seria uma coruja, essa história de ficar parado só observando, essa coisa de sabedoria ancestral, aquilo não me apetecia.
- Não vó, eu preferia ser um pássaro preto.
Ela suspirou triste. Acho que desde então minha avó já sabia as coisas que eu faria quando fosse mais velho. Acho também que foi a partir daquele dia que eu passei a acreditar nas coisas que ela fazia. E tenho certeza que foi naquele momento que os seus espíritos velhos finalmente conseguiram aquilo que tanto cobiçavam: minha alma.
domingo, 11 de outubro de 2009
ivre.
sábado, 10 de outubro de 2009
l e t i t b e .
as if i were jim morrison.
"As pessoas dizem que não sou santo, e talvez eu não seja mesmo. Não, eu realmente não sou santo, mas quem disse que é assim que deve ser? Quem foi que disse que a vida é feita de castidade e pureza? Quem foi que disse que eu quero um halo em volta da minha cabeça? As únicas curvas que almejo são as do corpo de uma bela mulher, e o gargalo da garrafa na minha garganta."
sweet child o' mine.
Ele veio andando até mim, a barra do pijama arrastando no chão de madeira, os cachos crescendo meio rebeldes pra todos os lados, e era lindo. Não se importou em chamar a minha atenção, mesmo que atrapalhasse meu trabalho, e nem eu me importava.
- Eu quero dormir, mãe.
Ele disse isso assim, como quem não quer nada, como se fosse uma declaração qualquer, e estava feliz, estava agitado, estava alegre. Eu tive que sorrir, ele era tão parecido comigo que eu achei que podia doer, ele era parte de mim.
- Então durma meu amor.
-Mas eu não consigo.
- Ah, mamãe dá um jeito.
Eu o levei até a cozinha e esquentei um copo de leite, então fomos escovar aqueles dentinhos tão pequenos, e eu me perguntava como seria quando ele fosse maior do que eu. Como eu faria pra esquentar um copo de leite pra alguém que não precisava mais? Mas ainda não era hora de se preocupar com isso. Eu o coloquei na cama, ele me perguntou pelo pai.
- Ele já vem, meu bem. Tá trabalhando, você sabe.
Beijei a ponta do seu nariz, e em cinco minutos ele dormia. Meu anjinho Bernardo.
honey pie.
Você não muda, eu não mudo. Mas nada está igual, por quê? É tão sutil que não se percebe, mas daqui a 5 anos não seremos mais os mesmos, não. Mas você não muda, não é? Você não muda, e eu não mudo. O que mudou foi o mundo. Uma pena. Eu queria poder, um dia, olhar pra nós dois e dizer que somos os mesmos de sempre, mas já não somos mais. Talvez, se tivermos sorte, possamos mudar juntos, e nosso amor será a única coisa que permanecerá. Talvez.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
to get me outta here.
Quando nós todos éramos mais jovens, a vida realmente parecia mais fácil. Bastava pôr um bom LP naquela vitrola no canto da sala, e você podia sentir o groove encorpando o ambiente, na mesma hora. Não importava o quão indomável você fosse fora de casa, os pais ainda eram aqueles que paravam toda e qualquer situação absurda, porque estavam presentes e podiam ver no que você ia dar.
Quando eu andava pelas ruas, não via ninguém com armas, ameaçando os que passavam. Não que não houvesse violência, mas pelo menos parecia que existia respeito. E sempre se podia contar com os policiais, eram autoridade e estavam limpos.
Hoje em dia tudo está cinza e perdido. Parece que a modernidade nos tornou individualistas e competitivos demais. E aqueles que ainda estão presos ao passado simplesmente não conseguem viver em paz. Porque não entendemos e não queremos aceitar o que houve com nosso paradiso.
Onde foram parar aqueles dias longos de sol amarelo e Beatles cantados entre amigos? Onde?
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
O V N I .
Acredita-se em extraterrestres. Eles tomam cereais com leite e pão quente no café da manhã. Têm um par de mãos, e vêm em todos os formatos, altura e cores possíveis nesse universo infinito. São criaturas benignas e amáveis, com uma tendência ao altruísmo puro. Graças à NASA, escutam Across The Universe, e, com sua inteligência matemática avançada, reproduziram algumas vertentes semelhantes ao psicodelismo. Também gostam de ler, especialmente obras de conteúdo Beat. Acreditam na teoria da relatividade, e se assombram com o fato de um terráqueo disléxico, simplório, ter chegado muito, muito perto de decodificá-la por inteiro. Aliás, o único tabu que corre pelas rodas de lá de fora é a existência da humanidade. Alguns insistem que Einstein e os Beatles são invenções do governo, mídia. Outros acreditam piamente na força dos humanos. E quanto à mim, vocês se perguntam ? Bem, eu ainda estou dividida.
drowse.
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
caninis polanski
Se você mora dentro de uma caixa preta, nada se desenvolve. Você tende a se curvar no espaço diminuto da sua consciência. É assim que funcionam as mentes pequenas e os músculos atrofiados. Os atletas enervados e os maníacos assassinos do parque, qualquer parque. Não sei, eu acho que queria falar do gene psicopata, porque eu sei como é tê-lo, é algo que bem me cabe. Mas hoje não, hoje eu tô preocupada demais, cansada demais, estressada demais e com saudades dos toques fantasmas dele. Sabem o quê mais? Eu queria saber porque Roman Polanski fez aquilo. Enganou a todos nós com a pele de cordeiro vítima, e no final ele era o lobo de Sodoma. O lobo de Sodoma e solto por aí. Mas depois eu falo disso, também. Quando for pra falar do gene psicopata, porque é algo que bem cabe, tem tudo a ver com lobos.
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
rock out, sugar.
domingo, 27 de setembro de 2009
spanish caravan
~ Caravana espanhola, leve-me para ver Jim Morrison, e eu não me importo em voltar para casa.
Escarpada Abaixo.
- Oi Dick.
A voz era estranha, oca, tenebrosa. E ainda assim, estranhamente familiar, como os sinos da voz doce de George. Ele havia sido cantor de blues, sabe ? E eu tive que me virar, mesmo que eu soubesse, instintivamente, que tudo que mamãe dizia era verdade. Ele tinha mesmo voltado pra me pegar. Mas eu não me incomodei com isso, não mesmo. Nem quando eu senti aquela força descomunal me empurrado vertiginosamente, metros escarpada abaixo. Nem quando eu pressenti que logo, logo, seria uma enorme massa vermelha e salgada, comida de peixes. Pelo menos agora, eu pensava, não sentirei mais medo.
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
come enjoy us: los paranoias.
Eu achava que ninguém jamais entenderia tudo aquilo, e por mim tava tudo certo. Era mesmo um atulhado de merda, desse tipo que atravessa a mente desocupada dos jovens, numa terça-feira monótona com aulas de física; dos bêbados e dos aposentados, entre a sopa e o telejornal. Um monte de dúvidas existencialistas sem justificativa, e pouco importava.
Na verdade, eu agradecia pelas noites maravilhosas em que as porras dos tiras corriam atrás de nós, porque um vizinho bisbilhoteiro nos vira pulando os muros da casa, na calada da noite, e ligara para a central. Aquela urgência de se safar limpava minha mente de tudo o mais que havia ali. Era óbvio que eu amava ser dominado pelo instinto de sobrevivência. Eu entendia que era capaz de qualquer coisa, e aquele poder era tudo.
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
A garota do 08.
O dias mais felizes de sua vida, lembrava bem, foram ali, durante o verão passado. Ela gostava da estação do calor, deixava pra usar suas roupas mais leves, coloridas e juvenis naquela época. E céus, como ela poderia imaginar como aquilo o atormentava ? Às vezes ele tinha que fingir que não percebia o clima da sala mudar, quando ela entrava carregando os buquês que montava com as crianças da vila. Oras, o problema de se morar numa pousada como aquela, era que todos estavam aptos a perceber as suas menores nuances de humor. E ele certamente não desejava que ninguém soubesse o sentimento que nutria pela bela garota do quarto 08. Sentia um temor enorme que todos descobrissem aquilo tudo, que se aglomerava dentro do seu corpo. Achava que morreria, que aquilo tudo haveria de implodir, se ela soubesse o que se passava, e lhe dissesse que não. Que não o amava.
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
sou um pedaço meio louco de você.
terça-feira, 15 de setembro de 2009
whole lotta love (♫♪)
when i was younger, i never needed anybody's help in anyway.
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Sugar Honey and Baby Blue.
cometas.
domingo, 13 de setembro de 2009
percepção.
have you ever seen the rain ?
Woodstock, a terra da felicidade.
sábado, 12 de setembro de 2009
O café que o tempo não esfria..
Os dois discutem, se ofendem, brigam. Até que Donaldson, com uma capacidade de iniciativa invulgar para um niilista crônico, consegue convencê-la a ir embora para sempre de sua casa e de sua vida.
Donaldson, interiormente, chora por se sentir um idota desprezado. E conclui pra si mesmo que a vida não passa de um vale de lágrimas. Ele está sozinho na cozinha olhando para o relógio de parede. O tempo, pensa ele, é a única coisa que não podemos controlar.
Pela porta, ainda escancarada pela saída de Glaucia, entra, silenciosamente, Amanda Porsche, a veterinária de Vanessa, a gata siamesa de Donaldson. Ele ama Amanda. Mas Amanda sempre lhe disse que assim como ela esperaria por ele, ele devia esperar por ela, para que o tempo, no momento certo, os unisse. Donald respeitava isso por achar uma idéia muito bonitinha. Mas ficava puto da cara.
Com o olhar ao mesmo tempo compreensivo e severo, Amanda cumprimentou timidamente o consternado Donaldson. Numa seqüencia muda de atos mecânicos e tristes, ele prepara um café para ela. Os dois sentam à mesa. Donaldson não quer olhar para Amanda pois tem vergonha de demonstrar os olhos úmidos e o semblante sofrido. No fundo, ele se sente um otário. E ficam ali os dois, sem nada dizer, ouvindo apenas o tic-tac do relógio da cozinha.
Amanda Porsche quebra o silêncio e lhe diz com franqueza:
"Tu, Amanda ? Dizendo que eu sou demorado ? Tu está há dois anos tomando café comigo... e esse café deve estar frio."
"Não, Donaldson... ele ainda está quente, eu te prometo."
Antônio Asdrubal (2009)
e agora ?
Provas de hoje, terríveis. Ping-Pong, animal *-*
E são oito meses de amor ?
;*
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
alice's adventures in the wonderland.
cordados osteítes.
lembrei de você hoje, na aula de bio D:
é. falávamos sobre amebas HAUHAIUHAHUHA -n você se acha meu bem, mas okei.;*
nó, falamos sobre histologia, mas o professor comentou algo sobre os peixes ósseos (cordados osteítes), dae lembrei e pronto.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
meus queridos.
my magic bus.
Eu consigo ficar mais tempo sem ar do que sem música, sério. Seja rolling stones, beatles ou o barulho do meu afeto rachando as paredes do meu coração. TUM TUM, os pés seguem o ritmo, obedientes e harmoniosos.
Gosto de faroestes, e woody allen, e roman polanski, ponto. Gosto do tim burton, de quentin tarantino e de stanley kubrick e lumet, ponto dois. Ttomei suco de laranja mecânica no café da manhã, e Alice me levou pro chá das cinco, com o Mad Max Hatter.
Não sustento conversas pés-no-chão por muito tempo, não consigo. Tenho que aliar temas de cimento e alguns flutuantes, e uma pitada de monomotores ideológicos. Canto com meus fones nos ouvidos, sim, e me sinto o próprio jim Morrison, e mesmo que eu desafine, por favor não me incomode. Não se acorda um sonâmbulo de seu sonho dos deuses.
Ainda não aprendi a nova regra ortográfica, então minha lingüiça ainda tem três pontos, e meu vôo tem acento (muito mais confortável rs), e eu amo metáforas e analogias, Nélson Rodrigues é meu anjo pornográfico. E eu adoro uma pornofonografia. Minhas paredes são mil retalhos coloridos, e um raio verde. Eu sou um pirata do mau, de gancho na mão e perna de pau (8)
E por enquanto adianto, estou em constante ato de metamorfosear.
terça-feira, 8 de setembro de 2009
please, lomo me.
echoes.
Não sei bem, acho que dormi demais e ainda tenho sono. Paul McCartney de novo ficou na minha mente o dia inteiro, assim como o Victor, que é meu representante mor do sir canhoto. Eu consigo amá-los mesmo com a distância. Devo ter tirado uma nota bem meia-boca nas provas de hoje, e amanhã, com certeza, o feito se repetirá. AH, A VIDA É LINDA *-*
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
pessoas e eu.
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
love.
ps: ô minha lucy, voce é uma gênia (L
vinho.
terça-feira, 1 de setembro de 2009
my atom heart.
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
meu amor
domingo, 30 de agosto de 2009
silly love story.
Levantei, e o que vi não foram meus pés sobre o chão flutuante, vi os dele.
Hoje foi a primeira vez que eu me amei por inteiro.
Porque eu não era eu.
Quero ver como se sai com a vida chata de uma garota de 16 anos e essas pressões do vestibular.
Vamos, amor? Vamos dormir ?
;*
G a b r i e l
Que compõe belas canções sobre o viver e ser amado.
Que gosta de dizer que não sente, que brinca de se sentir abandonado...
Quem é essa criatura psicótica que entre cortinas de cigarro, café e lsd
conseguiu me ver, e me tocar ?
Quem é você, que eu tanto amo ?
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
faustino e seu querer morrer.
Meu computador tá um cu.
terça-feira, 25 de agosto de 2009
trovão trovador.
Hoje eu saí pra dançar. Dancei o dia todo, uma balada meio country de compasso lento, uma dança triste. As botas que eu calçava eram de cimento e me puxavam para baixo. E era tudo que eu usava, porque essa dança, assim, meio cruel, meio selvagem, a gente sempre dança nu. Hoje eu dancei uma baladinha que contava a história do mundo, e cara, ela era velha, e nem um pouco bonita. Se fosse música cantada, os vocais me fariam chorar. Mas não era cantada, é vivida, e por isso mesmo eu chorei mais. Porque hoje eu dancei a canção derradeira, trovadoresca, a história da vida, a verdadeira síntese humana. E como ela não tinha final, eu me pergunto: onde vamos parar ?
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Licor.
Já vou indo, não me demoro, e também digo que não me importo com o que aconteceu e passou...E a minha vida acabou, te enterro junto comigo, de braços dados, como amigos de uma canção trovadoresca...E você me beija, formosa, como uma gueixa...E quando eu olho nos teus olhos, tu diz que eu não me importo, que me amou em vão...E eu lhe repito, "ecstasiado”, com um gemido abafado, implorando teu amor...E você então me esquece, me joga fora como confetes, após o carnaval...E eu então morro, entre os colares de teu pescoço, por onde o sumo da maçã escorre...E eu me afogo nos teus beijos e entro em desespero, e começo a morrer...
Por favor, meu amor, beba desta canção como licor, fruto eterno que não apodreça...E além de tudo, não se esqueça, amor é o tudo que prevalece, entre os fracos mortos por esta canção...E você ainda diz que eu não me importo... O sangue do diabo escorre entre minhas mãos..E não tenho mais tempo, para esta canção...E finalizo matando, quem me amou em vão...O punhal aparece entre os meus dedos.E aos poucos eu enfio ele no teu peito.Como quem ama e sai frustrado, de uma paixão...E assim, termino esta canção.
ps: essa é dele, ele que fez. meu talentoso garoto.
that's for you, La Conscience.
domingo, 23 de agosto de 2009
e você, o que vai querer fazer ?
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Ando me irritando muito facilmente.
Com coisas que já são,
com algumas que não foram,
e com muitas que poderiam ser.
Ando renegando algumas obviedades,
só porque contradizem as
ilusões que temperam minha vida.
Não sei bem,
acho que nasci sem aquela coisa,
de se achar parte do mundo,
de se integrar.
É difícil, fato, mas eu sou assim.
Não há remédio.
Construí minha personalidade doente,
calcada em litros de melancolia e
toneladas de literatura boêmia.
Sou um ser feliz na tristeza.
Sou assim mesmo, quimera de sensações.
eu.
Eu ando odiando muito, quase tudo.
Especialmente filhinhos de papai, bloqueios criativos e o marasmo.
Mas o que eu mais odeio no mundo inteiro, é não ter tempo pra pôr tudo que penso em palavras, e neste blog.
Gosto daqui, é a melhor parte de mim.
É um grande vazio ter que me contentar com cinco linhas de desabafo.
um beijo.
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
vejo nós dois assim, seguindo em frente.
Eu não quero ter que desistir de todas as coisas bobas que já imaginei, de seus toques de sarcasmo, da nossa parede colorida, feita a quatro mãos. Dos filhos que virão para nos ensinar o verdadeiro amor, para nos fazer compreender as nossas próprias falhas, e de todos os laços que eu já vi nascer entre nós. Não quero ter que levantar, daqui a 20 anos, e sentir o peso da sua presença comigo, como um futuro que eu poderia ter tido. Porque contigo eu quero ter, tudo.
Não posso deixar que a minha vontade de estar contigo, sempre, morra por causa de duas ou três grandes dificuldades, a gente passa por cima de tudo. Um dia, ainda, quero pôr minhas mãos na sua nuca, e te dizer o quanto admiro você por tudo. E te contar que eu descobri que essa tristeza, assim, meio serena, de não te ter por perto, me faz escrever melhor, amadurecer. Você me fez melhor, de todos os pontos de vista possíveis. Mesmo. E eu te amo.