Em todos os teus atos da vida real, desde o nascer até ao de morrer, tu não ages: és ágido; tu não vives: és vívido apenas. Torna-te para os outros uma esfinge absurda. Fecha-te, mas sem bater com a porta, na tua torre de marfim. E a tua torre de marfim és tu próprio. E se alguém te disser que isto é falso e absurdo não o acredites. Mas não acredites também no que eu digo, porque não se deve acreditar em nada.
Fernando Pessoa, Livro do Desassossego, p. 81.
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