qualquer coisa grite meu nome:

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Monstro.


Quando eu era criança conheci um homem na esquina de casa. Vestia calças marrons e uma camiseta com dizeres populares estampados. Era feio. Não por fora, sim por dentro. Dava pra ver a podridão da mente dele nos olhos que me encaravam, eram olhos quentes, mas não quentes de macios e vivos. Eram olhos quentes de malícia e raiva acorrentada. Talvez ele me odiasse. Nunca conversamos.

Nunca quis conversar com ele, e ele... De todas as coisas que quis fazer comigo, conversar nunca esteve em seus planos.

Ele me deu um bicho. Um bicho que cresceu em mim desde meus nove anos e continua aqui dentro comigo. Curiosamente, nunca pensei em dar um nome ao meu bicho. Talvez eu devesse chama-lo de Adaílton. É uma coisa feia que me consome e eu gostaria que não fizesse parte de mim, mas às vezes afago esse meu bicho. E, às vezes, quando suas presas não pressionam meu coração, sinto um grande incômodo. Sei que é paradoxal, mas a ausência de dor me dói. Meu bicho cresce porque eu sempre fui um bom pasto pra esse bicho. Mesmo antes de conhecer o Adaílton.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

marcela eu sou, morrerei assim, mais cedo do que tarde, como parece a mim

I look at you in the dark and all I see is a fucking smile, as if you  believed you are so much better than me. Am I going mad again? I hate the feeling of using all I can to keep me sane and still being unable to save myself. I hate the feeling of getting dumber as time passes by me and all I can do is getting older and miserably failing to do anything.. I hate the feeling of being a dream, someone's dream (a very lazy mind's dream). I'm tired, doesn't quite matter how much I play the game, how hard I deceive my soul, it will always get me in the end. Who I am will always get me in the end. I'm fucking giving up again...