qualquer coisa grite meu nome:

Mostrando postagens com marcador yoñlu. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador yoñlu. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Hoje acho que posso assumir com certeza

que sou um dos seres mais estúpidos e psico-depre-multi-died existentes no planeta. Posso porque me observo, um ato que a maioria se recusa a fazer. Posso também porque vejo (com um quê de alívio) que sou um dos poucos assim - talvez o último dos moicanos? Sei que a maior parte de nós adoraria ter companhia, onde quer que fosse, e se sentiria pelo menos um pouco melhor se, quando no inferno, ao menos não estivesse sozinho. Eu não. É com um certo contentamento pessoal que vejo que a alegria, a felicidade, e principalmente a vontade de ser alguma coisa e ter alguma coisa e ter um alguém nasce em todos os outros lugares, mesmo que não em mim. Não se pode lamentar a própria sorte e deixar de perceber que existem salvações para quase todos os outros, seria demais egoísta, egocêntrico e hipócrita. Não combina comigo.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Não existe fracasso se não existe tentativa. Não existe suicídio se não existe vida.

Que besta eu tenho sido, olhando em volta e esperando pelo meu amigo suicida. Porque você sabe, tem sempre um deles no meio dos grupos, qualquer grupo. E dois, três anos se passaram e nenhum tiro, pílula, ou cortes na pele do pulso. Nenhum funeral adolescente; nada de rock no cemitério, ou minuto de silêncio na escola/faculdade. E foi aí que eu percebi que a amiga suicida do meu grupo sou eu. E estou atrasada pra caralho, puta que pariu! 17 anos; 17 anos e nada. 17 anos de porra nenhuma. Antes eu pensava em suicídio chorando, um monte de drama. Toda uma encenação do capeta, preparando os ritos, imaginando a cena e os choros posteriores, escrevendo bilhetes imaginários de adeus e de desculpas, quase como se eu fosse estar lá. Mas não estarei, então não faz diferença. Agora ficou banal, me tornei indiferente. Não dá uma certa angústia ?

quarta-feira, 26 de maio de 2010

"The boy... tá ligado? hm, vamo lá."


             Na floresta, o tigre faminto, o garoto e a garota. E o tigre. O garoto era gentil. E o tigre? Whoooaaa. O tigre tentou comer o garoto, e ele teve a idéia de dar a garota para o animal.
           "Cátion do primeiro, ânion do segundo, Cátion do segundo, ânion do primeiro."
            O tigre era engenhoso, e criou e cativou a garota na sua prisão. E ela viveu lá por dez anos. E o animal não deixa a garota partir. E o animal não deixa a garota partir. E o animal não deixa a garota partir. Precipita!

"Não, não, tá quase pronto. Só falta mais o nome. É, acho que é mais por aí. Porque eu prometi pra todo mundo que a música ia ter mais de sete minutos."
             E quando o garoto foi à prisão e resgatou a garota, ela chorou e chorou. Ela tinha medo de voltar àquela vida perigosa, com todas aquelas pessoas estranhas, e todas aquelas más sensações.

"Mas é isso que é a juventude que diz que quer tomar o poder? Vocês tem coragem de aplaudir, este ano, uma música, um tipo de música que vocês não teriam coragem de aplaudir no ano passado. São a mesma juventude que vão sempre, sempre, matar amanhã o velhote inimigo que morreu ontem. Vocês não tão entendendo nada, nada, nada, absolutamente nada!"

domingo, 23 de maio de 2010

suiciniv ot

when you're strange

                                        Às vezes as pessoas sorriem pra você nas ruas, mas o que sentem por dentro é vontade de te comer. Destroçar o que quer que te faça mais brilhante do que elas são. Muita gente chama isso de inveja, mas não é bem assim. A questão é que todo mundo tem medo e inseguranças e nem todos correm os riscos que precisam. E quando você não corre riscos, não existe. A vida não passa de um passeio divertido e não cobra seus preços. E você morre tarde e não fez diferença nenhuma, no fundo, no fundo. E por isso essas pessoas agem como algozes, porque não conseguem dominar a força que te faz mais triste, mas maior. E elas te matam com palavras gentis e falsos sorrisos.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

"Vocês não entendem nada" para Vinícius.

     Quando ele morreu, três meninas lhe escreveram cartas de despedida que eu li. E chorei. Muito. E eu nem sabia de nada. De quem ele era, e como ele era grande e pequeno e amedrontado ao mesmo tempo. Até hoje tudo isso mexe muito comigo, me sinto estranha quando penso nele. Porque é como se existisse uma ligação, mas que na verdade não sei de onde surgiu. Porque no fundo, no fundo mesmo, ele não é diferente de mim, de você, da sua irmã, ou das outras pessoas como nós. E a gente sente isso, e fica pensando que se talvez ele tivesse encontrado pessoas que lhe dissessem que tudo fica melhor... Ele teria... Talvez.
     Sei lá, mas o que faz diferença na tua vida são as pessoas que você encontra e de que forma elas te passam as cargas que possuem. As impressões de mundo. E aquelas que pensam que marcas e roupas e festas exageradas e coisas assim, são mais importantes do que isso... Fogem da verdade, porque não conseguem vê-la. No fim, todo mundo é nu perante aos outros, mas alguns de nós usam vendas que os tornam cegos. É... É a diferença entre existir e viver. E nem sempre quem tem mais idade viveu mais. E nem sempre a idade é o tempo que teu corpo conta, às vezes a idade é muito mais as coisas que tua alma já enfrentou.
     Querendo ou não, as pessoas acham que quem fala de suicídio é uma chaga, uma mancha no sonho da família feliz. E nem sempre é assim, mas todos ficam com medo de falar sobre isso, é um tabu. Você começa a conversa e aí ficam com medo e tentam te persuadir que “passa”. Passa nunca. Passa nada. Se você nasce diferente, como a gente, nasce sem a venda e consegue ver as coisas que estão invisíveis pros outros. Mas aí você tem que pagar o preço. E o preço é não ser aceito, é se sentir sempre deslocado no mundo, não se entender. Ser confuso. É sofrer, pensar mais em como deve ser a morte do que como é a vida de fato. Mas também somos as pessoas que mais podem amar no mundo, e a nossa sorte é se aliar com gente como a gente.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Suicide Song - Yoñlu

Essa música me faz pensar em nuvens. Algodão. Dor. Você e eu. Você sem mim, eu sem você, e nós dois juntos. Um monte de coisas.