qualquer coisa grite meu nome:

terça-feira, 15 de junho de 2010

Não existe fracasso se não existe tentativa. Não existe suicídio se não existe vida.

Que besta eu tenho sido, olhando em volta e esperando pelo meu amigo suicida. Porque você sabe, tem sempre um deles no meio dos grupos, qualquer grupo. E dois, três anos se passaram e nenhum tiro, pílula, ou cortes na pele do pulso. Nenhum funeral adolescente; nada de rock no cemitério, ou minuto de silêncio na escola/faculdade. E foi aí que eu percebi que a amiga suicida do meu grupo sou eu. E estou atrasada pra caralho, puta que pariu! 17 anos; 17 anos e nada. 17 anos de porra nenhuma. Antes eu pensava em suicídio chorando, um monte de drama. Toda uma encenação do capeta, preparando os ritos, imaginando a cena e os choros posteriores, escrevendo bilhetes imaginários de adeus e de desculpas, quase como se eu fosse estar lá. Mas não estarei, então não faz diferença. Agora ficou banal, me tornei indiferente. Não dá uma certa angústia ?

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