Se você quer meu corpo, o tenha. Ele está aqui para você toma-lo.
Eu me dou. Nada no meu corpo é inteiramente meu. É de quem quiser. Em contrapartida,
minha alma é a coisa mais minha que existe. Minha alma sobrepõe-se ao meu
corpo. Você pode tomar da minha pele e do meu sangue, mas está pronto para
pagar o preço? Está pronto para ser comandando pela grandiosidade do meu
espírito? Aproxime-se de mim, mortal, achando que pode me destruir, e fique
preso no meu coração, para sempre. Mesmo depois de anos sem me ver, onde você
for, eu estarei. Onde você for, minha alma o acompanhará e o assombrará. Esse é
o preço a pagar se você quiser mergulhar em mim.
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sábado, 27 de abril de 2013
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Monstro.
Quando eu era criança conheci um homem na esquina de casa.
Vestia calças marrons e uma camiseta com dizeres populares estampados. Era
feio. Não por fora, sim por dentro. Dava pra ver a podridão da mente dele nos
olhos que me encaravam, eram olhos quentes, mas não quentes de macios e vivos.
Eram olhos quentes de malícia e raiva acorrentada. Talvez ele me odiasse. Nunca
conversamos.
Nunca quis conversar com ele, e ele... De todas as coisas
que quis fazer comigo, conversar nunca esteve em seus planos.
Ele me deu um bicho. Um bicho que cresceu em mim desde meus
nove anos e continua aqui dentro comigo. Curiosamente, nunca pensei em dar um
nome ao meu bicho. Talvez eu devesse chama-lo de Adaílton. É uma coisa feia que
me consome e eu gostaria que não fizesse parte de mim, mas às vezes afago esse meu
bicho. E, às vezes, quando suas presas não pressionam meu coração, sinto um
grande incômodo. Sei que é paradoxal, mas a ausência de dor me dói. Meu bicho
cresce porque eu sempre fui um bom pasto pra esse bicho. Mesmo antes de
conhecer o Adaílton.
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
marcela eu sou, morrerei assim, mais cedo do que tarde, como parece a mim
I look at you in the dark and all I see is a fucking smile, as if you believed you are so much better than me. Am I going mad again? I hate the feeling of using all I can to keep me sane and still being unable to save myself. I hate the feeling of getting dumber as time passes by me and all I can do is getting older and miserably failing to do anything.. I hate the feeling of being a dream, someone's dream (a very lazy mind's dream). I'm tired, doesn't quite matter how much I play the game, how hard I deceive my soul, it will always get me in the end. Who I am will always get me in the end. I'm fucking giving up again...

segunda-feira, 1 de outubro de 2012
olha só que bom que é gostar de gostar de ti
"tenho vontade de fazer muitas coisas com você, de deixar você ser meu 'projeto' e de as vezes ser teu projeto também. entenda, gosto de imaginar de tudo um pouco contigo, desde as coisas mais singelas e comuns, como ver tv e dormir de ladinho um pro outro, como coisas que gosto de imaginar que quase só a gente faz e gosta. quero brincar contigo, quero que tu me deixes brincar contigo, realizar todos os clichês que eu já imaginei. sim, transar e fumar uns cigarros depois, sim, me deixar te vestir com roupas de mulher só porque eu acho sexy, sim, me deixar raspar teu pentelhos no formato de cruz. não porque é preciso, mas porque eu penso ~porque não?~ porque do teu lado eu acho que qualquer coisa é boa e divertida e me deixa feliz. e não, eu não me importo que você goste de outras meninas e tenha outras relações, e não me importo de fazer a mesma coisa, sabe porque? porque eu te amo e eu sei que tu me amas, e isso é muito maior do que qualquer coisa que fomos ensinados a acreditar, pelos filmes, pelos livros, pelos nossos pais. eu gosto de imaginar os dias em que tu vais sair de casa e pegar tuas ~biscates~ e voltar pra casa e a gente vai rir dos momentos atrapalhados de vocês dois, e do quanto tu gostou disso. às vezes eu vou ter um pouco de ciúme, se tu gostar muito do beijo de uma delas ou de como ela é na cama, mas esse ciúme vai ser uma vontade de te mostrar que eu sou ~melhor~, uma vontade de te jogar na cama e te destruir, acabar com todas as tuas ideias de ser pensante e te deixar só pau e boca e língua e pescoço. não é ciúmes de tristeza, não é ciúmes de mágoa, nada disso. eu pensei que tu soubesses, mas não tem problema falar mais uma vez <3>3>
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
aqui é um lugar sem nome, nem de todo mau
um lugar que às vezes me visita, porque sou eu quem fico parada no tempo, esperando
mas é um bom lugar, às vezes, eu acho, na maior parte das vezes
eu lembro de coisas que eram erradas, no passado - e se não rio também não choro
essa sensação que tanto repudiei agora me invade - mas é bem vinda
meu deus meu deus quanto tempo faz! não no tempo de fato, mas na minha mente...
quem eu era e quem eu sou agora? como é possível que eu seja a mesma pessoa se não sou nem mais ou menos igual?
parei de fazer promessas, nunca se cumpriam
agora ponho minhas forças em fazer coisas
que, suponho, mesmo quando dão errado são melhores do que o nada
por enquanto esse lugar vem sendo mais bom do que mau pra mim
por enquanto
um lugar que às vezes me visita, porque sou eu quem fico parada no tempo, esperando
mas é um bom lugar, às vezes, eu acho, na maior parte das vezes
eu lembro de coisas que eram erradas, no passado - e se não rio também não choro
essa sensação que tanto repudiei agora me invade - mas é bem vinda
meu deus meu deus quanto tempo faz! não no tempo de fato, mas na minha mente...
quem eu era e quem eu sou agora? como é possível que eu seja a mesma pessoa se não sou nem mais ou menos igual?
parei de fazer promessas, nunca se cumpriam
agora ponho minhas forças em fazer coisas
que, suponho, mesmo quando dão errado são melhores do que o nada
por enquanto esse lugar vem sendo mais bom do que mau pra mim
por enquanto
sexta-feira, 29 de junho de 2012
terça-feira, 26 de junho de 2012
domingo, 3 de junho de 2012
A água caindo sobre meus cabelos e caindo dos meus olhos, e eu só pensando em muitas coisas erradas que fiz, e em tudo de errado que sou. A dor é horrível, e é pior agora porque achei que tinha me livrado de tudo isso. Não sei o que é meu, o que é do remédio e o que é da suposta doença. Direi mais uma vez, provavelmente não a última, que estou cansada. Tentei pensar em alguém com quem pudesse conversar, alguém que não fosse eu mesma - alguém que me desse mais do que as acusações que ouço dentro da minha cabeça. Não havia ninguém. Nunca houve ninguém. Sempre estive sozinha com meus pensamentos, eu acho. E, mesmo assim, tentei. Liguei pra quem eu queria ouvir me dizer que tudo ficaria bem, que tudo sempre ficaria bem. Mas era longe, e era frio, e essa pessoa fica com raiva de mim às vezes também.
quinta-feira, 24 de maio de 2012
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Eu amo os homens. E por muito tempo achei que eram superiores. Por muito e muito tempo achei que eu devia agradá-los e me adaptar para ser aceita - quase como se eu mesma não importasse tanto... Minto, eu não importava mesmo. Eram aqueles homens, certos e misteriosos, de longos cabelos e modos rudes - ainda que cultos, - homens de maxilares e veias fortes do trabalho e da sabedoria masculina, inexplicada, que deveriam ditar quem eu era. Eu deveria ser a mulher que estes homens gostassem, supostamente. Fina. Branca. Delicada. Pequena. Mimosa. Pura. Sem máculas.. Ah, logo eu, sem máculas...
Hoje não. Hoje construo um lugar na minha vida onde somente quem sou me importa. Onde eu; Grande, Forte, Laranja, Robusta, Viva, Ensandecida e com minhas máculas (justo estas que me fazem melhor) é que importo. Não serei a mulher que os homens querem. Serei minha mulher e meu homem. Do jeito que eu me quero e me gosto. Serei uma festa em mim. Me completarei.
Hoje não. Hoje construo um lugar na minha vida onde somente quem sou me importa. Onde eu; Grande, Forte, Laranja, Robusta, Viva, Ensandecida e com minhas máculas (justo estas que me fazem melhor) é que importo. Não serei a mulher que os homens querem. Serei minha mulher e meu homem. Do jeito que eu me quero e me gosto. Serei uma festa em mim. Me completarei.

segunda-feira, 26 de março de 2012
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
terça-feira, 1 de novembro de 2011
absence
Estou sempre voltando, raras vezes realmente indo. Andando em círculos. Revisitando. Sucessivamente. As coisas que não somem, apenas parecem estar perdidas. Sempre.
quinta-feira, 2 de junho de 2011
domingo, 22 de maio de 2011
I loved you and it was not my fault.
Fazia frio, um frio daqueles que preenche as fantasias de natal de pessoas que moram em terras tropicais. Frio que passava pelas tramas de algodão e lã das minhas roupas mornas e congelava os ossos embaixo das minhas carnes. Eu sentia pena do peixe dourado no aquário diminuto sobre a mesinha do quarto, e decidi que encher o aquário com água morna da torneira era uma boa forma de aliviar esse sentimento obscuro.
Quando ergui o vidro contra meu corpo, o peixe boiou pateticamente seguindo a inércia dos meus movimentos. Um peixe que não tem forças sequer para contrapor as forças das águas ao seu redor é motivo suficientemente triste pra deixar muita gente refletindo sobre a injustiça do mundo... De qualquer forma, lancei um olhar sobre as escamas que não reluziam, que estavam agora amareladas, sujas e empobrecidas; traíndo o fulgor do dourado que antigamente brilhava refletindo o sol da janela.
Fui até a pia do banheiro e girei a torneira para o ponto morno. Testei a água com o dorso de minha mão e, satisfeita, posicionei o aquário sob a torneira. Imaginação minha ou não, vi o peixe abrir a boca extasiado, como quando mergulhamos muito fundo e no último minuto de ar e de fôlego rompemos novamente a superfície da água. Comecei a pensar em outras maneiras de manter meu companheiro vivo até o fim do inverno. Mais comida? Enrolar alguns cobertores em volta do aquário? Colocá-lo em cima do aquecedor? Guardar meu peixe dentro do forno - obviamente desligado?
Me distraí, e só no último segundo percebi que o peixe havia caido na pia e lutava com seus últimos instintos contra a pequena correnteza artificial que o puxava para o ralo. Cravei minhas unhas em seu rabo gelatinoso, o frio da porcelana ensopada enviando choques para o meu sistema nervoso, o peixe derretia sob meus dedos e no segundo seguinte, já não havia peixe nenhum. Ele se fora, ralo abaixo, junto com toda a água fria.
Voltei para o quarto, pus o aquário vazio sobre a mesa novamente e voltei a sentar na poltrona de leitura. Era sempre assim, em todo o lugar o inverno fazia suas vítimas, tragando a gente ralo abaixo, junto com todo o frio do mundo.
sábado, 21 de maio de 2011
sábado, 7 de maio de 2011
Todas as coisas tristes que nos acontecem são guardadas dentro de lugares inacessíveis e escondidos, mas transponíveis. São coisas que transbordam e contaminam aqueles sentimentos de impassividade e as ambições da juventude. Nos acomodamos a ser amargos e hostis, crendo que a vida pede este comportamento. Nos acostumamos a ver inimigos por todos os lados porque nós mesmo somos estes inimigos.
There's all the more reason for laughing and cryingWhen you're younger and life isn't to hard at allDrowse - Queen
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