qualquer coisa grite meu nome:

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terça-feira, 1 de novembro de 2011

Hygeia

Gustav Klimt

quarta-feira, 23 de março de 2011

Quando eu era mais jovem, acreditava em coisas que eram fáceis demais e não me importava com isso. Hoje, eu sonho, mesmo que não ache que estes sonhos possam vir a se realizar. Sou um ser humano ligeiramente fora de série, eu sei.

quarta-feira, 16 de março de 2011

It's a calming name like windowing
There's nobody else with your babe's little eyes
This is number fourteen out of how many tries
Your voice has a calming strain, all whispering


sexta-feira, 11 de março de 2011

sistema

O marido diz à vendedora que vá embora. E que não olhe para trás. E que leve todas as caixas. E que não sorria para a esposa.
A esposa se sente submissa, mas o pelo do novo casaco de pele parece que apaga o peso da submissão.
O marido sorri, acariciando as notas de dinheiro no bolso.
A vendedora vai embora, labutando, carregando as caixas cheias de sonho que nunca lhe pertenceram. Sonhos que ela vende para quem pode pagar. Pagar o dinheiro que também não vai lhe pertencer.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

hoje eu tô vestida mais ou menos assim:







faça a síntese, um beijo

Regado com Tom Waits nos headphones.

Eu tô aqui parada, na frente da tua porta, no meio da tua rua. Imaginando se eu entro e te conto o que quero te contar. Ou se espero o impossível acontecer e você perceber tudo sozinho. É difícil, se você quer saber. Sou prática e positivista, mas ainda tenho medo do que pode acontecer. Acaso você diga que não é bem assim, e se afaste de mim, como ficarei? Sem sequer poder fingir pra todo mundo que eu sou tua melhor amiga? Sim, acredito ainda no poder de uma bela ilusão. Vou embora agora, sabe. Deixar que o destino, caso exista, cuide de nós dois e faça o que tiver que fazer. Enquanto ando por aí, ouvindo meus velhos blues de cabaña, sei que você sente que acabou de perder algo no ar. Meu amor, sabe, meu amor e meu belíssimo gosto musical. Mas um dia eu volto, entro na tua casa sem bater, com o pé na porta, e te conto tudo que tenho pra contar. Talvez até musique nossa história e transforme esses acasos em canção pra ninar nossos filhos.

Ou não.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

nossa, morri duas vezes


DO REGE

quinta-feira, 28 de outubro de 2010




sexta-feira, 22 de outubro de 2010

my tags on we heart it:

design dream typography word
you phrases quotes sayings
art devendra banhart graphics
illustration indie music
poster sign text the right words
truth wisdom zipchange word art
psychedelic eyes jim morrison
lizard king the doors bob dylan

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

blade runner #2

Bem, os fatos da vida: alteração da evolução de um sistema de vida orgânica é fatal. Uma sequência de códigos não pode ser revista depois que foi estabelecida. Porque por volta do segundo dia de incubação, as células que sofreram mutações por reversão dão origem a colônias reversas, como ratos abandonando um navio. Depois o navio afunda.

blade runner

Um paradoxo da vida moderna é que, quanto mais tempo se ganha na economia de tarefas, com as novas tecnologias, mais tempo nos sentimos obrigados a viver "plenamente", preenchendo-os com atividades extras, e, consequentemente, menos tempo realmente tendo para viver de verdade. É como a anedota do queijo suíço: quanto mais queijo, mais buracos; quanto mais buracos, menos queijo; quanto mais queijo, menos queijo.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Não adianta, não existem tronos no mundo, porque não existem reis e rainhas. Porque somos todos iguais. E quando as pessoas erram, eu não fico com pena, porque não é essa a questão. Fico pensando o que faz com que o resto do mundo ache que é melhor do que aquele alguém em específico, naquele momento. O ego é um perigo muito grande. Todo mundo erra, uns mais estupidamente do que os outros, mas e daí ? Se eu tenho o direito de não ser tão bonita e viver numa boa com isso, aos poucos aprendendo o que realmente importa, então todo mundo tem o direito de ser como for. Assim como não se pode julgar os feios, não se pode julgar os burros. Não entrem no preconceito paradoxal.

Nada vale um sonho meu;

E eu sonhei que meus pais fumavam um baseado, bem na minha frente, sem nenhum tipo de pretensão falsa do gênero "faça o que eu digo e não faça o que eu faço", mas no sonho eu não tinha a coragem de pedir pra provar. E ficava só olhando como quem diz "isso não está muito certo". E na sala da minha casa morava um cara que eu sabia que era mais do que só um amigo do meu pai, porque ele tinha idade pra ser qualquer coisa pra mim, exceto meu amante, mas era o que ele era, porque me deu fogo direto da boca dele, sabe?! Foi realmente muito libertador, na frente dos meus pais. Porque eu não era mais só a filha deles, era uma amiga, uma conhecida, não era propriedade ou responsabilidade de ninguém mais além de mim mesma. Se Freud fosse vivo, diria que eu tenho uma série de questões incestuosas mal resolvidas. E eu diria apenas "não rs"

ps:
lembrei que existe uma certa probabilidade do cara do meu sonho ser o Sirius Black, porque ele é muito foda e eu vi "Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban" antes de dormir Q

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

- Joseph Beuys #3

Um fato importante sobre os projetos de Beuys é quanto à escolha de seus materiais. Ele atribuía à propriedade física de cada um deles certo simbolismo. Nota-se algo de animal, vivo, místico, nos suportes que ele utilizava. A escolha pelo uso de animais nas performances ilustra uma das coisas que Beuys mais procura para a sociedade: o instinto, o senso de orientação e de sobrevivência. Sua mídia reflete seu estilo tão profundamente ligado à vida: as roupas de pele, as capas e chapéis de feltro; a presença dos animais, ou de "partes" de seus corpos na forma de gordura e de desenhos feitos com sangue. Os meios do artista se mesclam com os conceitos de seu projeto, criando um profundo senso de simbolismo "beuysiano", que é diferente de tudo que se vê no dia-a-dia contemporâneo. Pois as escolhas de Beuys revelam a sua intenção de, através da socialização da arte, como um processo criativo e que gera a criação, nos libertar e nos conduzir rumo a uma sociedade alternativa.

- Joseph Beuys #2

- Eu Amo a América e a América me Ama (EUA, 1974)

Nesta performance, Beuys passou três dias trancado em uma sala de uma galeria nova-iorquina, tendo como única companhia um coiote selvagem. O coiote é uma espécie de lobo, e é tido por certos povos indígenas norte-americanos como um símbolo mágico, relacionado à cultura do xamanismo. Pois é este "pequeno" pedaço da cultura norte-america que guia as reflexões promovidas por Beuys. Qual é o real espírito americano ? Seria realmente a América a terra da liberdade, das oportunidades, quando a origem do país se cruza com a invasão das terras indígenas e o extermínio destas populações ? A postura político-social de Beuys levou-o a se opor à guerra do Vietnã, e essa atitude pessoal acabaria por interferir, de certa forma, na preparação dessa performance. Chegou no aeroporto envolto em um cobertor de feltro, e foi conduzido de maca até uma ambulância que o levou à galeria. Dentro da sala, Beuys às vezes assumia o papel do xamã, envolto em seu cobertor de feltro e segurando um cajado. Em outros momentos, deitava-se sobre a palha no chão da sala e observava o animal que, inquieto, retribuía o olhar, dando voltas ao seu redor. Às vezes, o coiote atacava o cobertor de Beuys, arrancando-lhe pedaços. Diariamente eram enviados à sala exemplares do Wall Street Journal, o jornal de maior circulação nos Estados Unidos, que tinham a única função de servir de mictório ao coiote. Mais uma crítica de Beuys ao sistema hierárquico e duvidoso da informação. Antes de ir embora, Beuys abraçou o coiote. E em seguida, novamente enrolado em seu cobertor, repetiu o ritual da chegada, sendo levado por uma maca até a ambulância que o levaria de volta ao aeroporto. Excetuando o chão da sala que dividiu com o coiote, Beuys sequer tocou o solo americano.

- Joseph Beuys #1

- Como Explicar Pinturas À Uma Lebre Morta (1965):

No dia 26 de novembro de 1965, Joseph Beuys entrou na galeria alemã Schmela, cobriu o rosto com mel e folhas de ouro, pôs nos braços o cadáver de uma lebre e começou a percorrer uma exposição de pinturas. Durante três horas, ele cumpriu o "ritual" de parar diante de cada obra exposta e sussurrar algo na orelha do animal. Do lado de fora, atrás das paredes de vidro, o público não fazia idéia do que ele dizia. Estavam tão perdidos em relação à apresentação de Beuys quanto a lebre deveria estar em relação às pinturas que "via". Era exatamente essa a intenção de Beuys, que queria discutir a conexão da arte contemporânea com os espectadores. As obras de Beuys são norteadas pela crença de que a arte deve desempenhar um papel ativo na sociedade, e de que todo homem é artista, no sentido de que todos estamos inseridos num universo artístico igual e sem hierarquias, de que todos nós podemos atuar neste universo. Por isso não se pode explicar arte à lebre, como não se pode explicar ao público, tendo em vista que os signos da arte estão à disposição de todos. E a função da arte, para Beuys, é nos conscientizar sobre este fato.
“Uma lebre compreende mais do que muitos humanos com seu racionalismo teimoso... Eu lhe disse que ele deveria apenas observar a pintura para entender o que é realmente importante a seu respeito."
(Joseph Beuys)

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Nunca antes nessa vida ela se sentira tão comida pela dor dos enganos. Tão desiludida, tão amargamente corrompida pela insegurança. Não gostava que as pessoas achassem as coisas erradas, mesmo que soubesse que não eram erradas. Não gostava de lutar tanto por nada, por um pedaço de coisa alguma perdido na areia do desgosto. Mas às vezes, mesmo que ela fingisse que não, o peso da inexperiência a sufocava. A angústia dos anos amargos lhe pendiam do pescoço como uma enorme forca. Seu choro era o riso do mundo. Seu riso era inaudível, quando muito. E todas as vidas que ela suponha ter, na verdade não valiam de nada.

domingo, 3 de outubro de 2010