qualquer coisa grite meu nome:

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Regado com Tom Waits nos headphones.

Eu tô aqui parada, na frente da tua porta, no meio da tua rua. Imaginando se eu entro e te conto o que quero te contar. Ou se espero o impossível acontecer e você perceber tudo sozinho. É difícil, se você quer saber. Sou prática e positivista, mas ainda tenho medo do que pode acontecer. Acaso você diga que não é bem assim, e se afaste de mim, como ficarei? Sem sequer poder fingir pra todo mundo que eu sou tua melhor amiga? Sim, acredito ainda no poder de uma bela ilusão. Vou embora agora, sabe. Deixar que o destino, caso exista, cuide de nós dois e faça o que tiver que fazer. Enquanto ando por aí, ouvindo meus velhos blues de cabaña, sei que você sente que acabou de perder algo no ar. Meu amor, sabe, meu amor e meu belíssimo gosto musical. Mas um dia eu volto, entro na tua casa sem bater, com o pé na porta, e te conto tudo que tenho pra contar. Talvez até musique nossa história e transforme esses acasos em canção pra ninar nossos filhos.

Ou não.

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