qualquer coisa grite meu nome:

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

meu amor

Hoje eu fiz besteira, e me desculpe. Nem eu nem você temos idade pra saber lidar com isso. Pra mim vai chegar o dia em que seremos um só, e pronto, feito mágica. Mas não pra minha mãe. Pra ela é intragável, impossível, me imaginar com alguém que não possa ser fiscalizado. E você não pode, 2.300 km longe de mim :/ Mas eu te amo tanto, de um jeito tão carnívoro e insaciável, que eu preciso que você saiba que eu dou conta, de tudo. Se for pra ficar com você. E por favor, não fque com raiva de mim. Quando você fica com raiva de mim, me dá vontade de chorar e me afogar em minhas lágrimas. Me ame ainda, por favor. Saiba que eu acredito em tudo. Saiba disso. (L

domingo, 30 de agosto de 2009

silly love story.

Hoje eu fui paul mccartney, simples. Acordei com suas covinhas e pronto.
Levantei, e o que vi não foram meus pés sobre o chão flutuante, vi os dele.
Hoje foi a primeira vez que eu me amei por inteiro.
Porque eu não era eu.
E quando eu acordar amanhã, ainda quero ser ele, paul.
Quero ver como se sai com a vida chata de uma garota de 16 anos e essas pressões do vestibular.
Vamos, amor? Vamos dormir ?

;*

G a b r i e l

Quem é esse garoto meio assim, desligado do mundo ?
Que compõe belas canções sobre o viver e ser amado.
Que gosta de dizer que não sente, que brinca de se sentir abandonado...
Quem é essa criatura psicótica que entre cortinas de cigarro, café e lsd
conseguiu me ver, e me tocar ?
Quem é você, que eu tanto amo ?

quinta-feira, 27 de agosto de 2009


Geralmente, quando me perguntam se eu fumei alguma erva do capeta, eu olho pro lado e rio, muito. E, em dez de dez vezes, ela está ali rindo comigo. Não sei se somos tipo almas gêmeas, erasmo e roberto, pão e manteiga, esses clichês do povão. Só sei que ela tem um jeito certo de viver sem pretensões, de me fazer rir, ou de falar frases que só a gente pode compreender, coisas que a convivência de quase uma década deu conta de acertar. Não sei, sinto que a gente já passou o limite da amizade há milênios. Acho que agora somos tipo sócias de uma vida inteira. É um casamento, mesmo. Um casamento de idéias e ideais. E eu amo essa cerva. Sério.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

faustino e seu querer morrer.

Um, dois, três, testando.
Meu computador tá um cu.
E eu acordei endiabrada.
E a gente viu Mário Faustino em literatura.
E eu acho que algum dos genes dele mora em mim.
O gene do querer morrer, só pode.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

trovão trovador.

Hoje eu saí pra dançar. Dancei o dia todo, uma balada meio country de compasso lento, uma dança triste. As botas que eu calçava eram de cimento e me puxavam para baixo. E era tudo que eu usava, porque essa dança, assim, meio cruel, meio selvagem, a gente sempre dança nu. Hoje eu dancei uma baladinha que contava a história do mundo, e cara, ela era velha, e nem um pouco bonita. Se fosse música cantada, os vocais me fariam chorar. Mas não era cantada, é vivida, e por isso mesmo eu chorei mais. Porque hoje eu dancei a canção derradeira, trovadoresca, a história da vida, a verdadeira síntese humana. E como ela não tinha final, eu me pergunto: onde vamos parar ?

a sósia.

"- Nossa, ela é bonita.
- Não diga isso, eu a odeio.
- Por que motivo ?
- Sabe quando você tem um jeito diferente de todos, e frequenta a mesma escola por anos, e as que se acham gostosonas riem de você ?
- Nossa, ela é feia."


Se metade do mundo fosse como você, eu seria tão feliz.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Licor.

Se amar é pecado, tu me dizes. Contrariando teu palpite... De que o nosso amor não tem solução. E eu te encontro nesta rua, despida e toda nua, como quem chorava em vão. E o que lhe digo, não mais importa, abra a porta e vá embora. Como quem passou e nem ficou. Se penso em você, tu me ignoras. Amor que é bom então vai embora. E quando passa das 6 horas, eu vou a tua porta. E tu me diz que não se importa, que nosso amor já se acabou. E você ainda me diz que não me quer ver feliz.E quando eu olho no teu rosto, vejo todo seu desgosto.E as lágrimas jorrando, feito poços, em olhos castanhos...

Já vou indo, não me demoro, e também digo que não me importo com o que aconteceu e passou...E a minha vida acabou, te enterro junto comigo, de braços dados, como amigos de uma canção trovadoresca...E você me beija, formosa, como uma gueixa...E quando eu olho nos teus olhos, tu diz que eu não me importo, que me amou em vão...E eu lhe repito, "ecstasiado”, com um gemido abafado, implorando teu amor...E você então me esquece, me joga fora como confetes, após o carnaval...E eu então morro, entre os colares de teu pescoço, por onde o sumo da maçã escorre...E eu me afogo nos teus beijos e entro em desespero, e começo a morrer...

Por favor, meu amor, beba desta canção como licor, fruto eterno que não apodreça...E além de tudo, não se esqueça, amor é o tudo que prevalece, entre os fracos mortos por esta canção...E você ainda diz que eu não me importo... O sangue do diabo escorre entre minhas mãos..E não tenho mais tempo, para esta canção...E finalizo matando, quem me amou em vão...O punhal aparece entre os meus dedos.E aos poucos eu enfio ele no teu peito.Como quem ama e sai frustrado, de uma paixão...E assim, termino esta canção.


ps: essa é dele, ele que fez. meu talentoso garoto.

that's for you, La Conscience.

Cansei de escrever muito sobre a minha tristeza, ela é infundada. Não tem porque ser tão triste assim. Ou, pelo menos, eu não tenho bons motivos. Então, dando graças por ser instável, hoje eu quero mais é figurar minha felicidade. Porque sim, eu sou triste, mas também sou feliz. E não é nem intercalando não, é tudo ao mesmo tempo. Meu estado emocional é dividido, em duas bandas podres: a eufórica e a lacônica. E eu nunca estou em equilíbrio. Ora sou leve e saltitante, ora peso pra densa depressão. Ou pinto as paredes do quarto com lápis coloridos, ou escrevo mantras de saudosismo em preto. Já me comparei a várias coisas, mas acho que "pêndulo em eterno ir e vir" é o que me cai melhor. A verdade é que o que me mata é isso: ou sou oito ou oitenta. Ou radiante, ou mordaz. Ou amo, ou odeio. Eu nunca consegui ser neutra. Só que hoje, meio assim de um jeito torto, hoje eu acordei feliz.

domingo, 23 de agosto de 2009

e você, o que vai querer fazer ?

Vai querer esquecer os dias de desalento chuvoso que deixou pra trás ? Ou vai usá-los para reconstruir caminhos ? Acho que o maior problema do futuro é que a gente nunca sabe o que fazer com o passado, onde acomodar as memórias. Onde vamos pôr toda a nossa carga existencial ? Como, céus, é possível consiliar tudo isso ? Acho que esse negócio de saber organizar a vida vai muito além dos meus limites. Eu meio que faço uma colagem de tudo, como as paredes do meu cérebro, e deixo acontecer. Caso acerte as proporções, ótimo. Terei uma obra prima pra viver. E o que acontece se eu errar ? Não sei, e vou ter que descobrir assim, sozinha.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009




Ando me irritando muito facilmente.



Com coisas que já são,


com algumas que não foram,


e com muitas que poderiam ser.



Ando renegando algumas obviedades,


só porque contradizem as


ilusões que temperam minha vida.



Não sei bem,


acho que nasci sem aquela coisa,


de se achar parte do mundo,


de se integrar.



É difícil, fato, mas eu sou assim.


Não há remédio.



Construí minha personalidade doente,


calcada em litros de melancolia e


toneladas de literatura boêmia.




Sou um ser feliz na tristeza.


Sou assim mesmo, quimera de sensações.

eu.

Eu ando odiando muito, quase tudo.

Especialmente filhinhos de papai, bloqueios criativos e o marasmo.

Mas o que eu mais odeio no mundo inteiro, é não ter tempo pra pôr tudo que penso em palavras, e neste blog.

Gosto daqui, é a melhor parte de mim.

É um grande vazio ter que me contentar com cinco linhas de desabafo.

um beijo.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

vejo nós dois assim, seguindo em frente.


Não quero nem tentar imaginar a dor que é perder alguém que se ama tanto, mas que nem se teve chance de tocar. Que nunca se viu. Perder alguém, assim, sem ter tido chance de começar. Não ter chance de realizar todos aqueles planos embalados em perfume, sonhos de noites mal-dormidas de tanto amor. Imaginar uma vida ao lado de alguém, mesmo ciente de todas as dificuldades, e de repente sentir que, apesar de tudo, não há meios, não há fim. Não tem chance pra nós dois, exceto nos meus sonhos.
Eu não quero ter que desistir de todas as coisas bobas que já imaginei, de seus toques de sarcasmo, da nossa parede colorida, feita a quatro mãos. Dos filhos que virão para nos ensinar o verdadeiro amor, para nos fazer compreender as nossas próprias falhas, e de todos os laços que eu já vi nascer entre nós. Não quero ter que levantar, daqui a 20 anos, e sentir o peso da sua presença comigo, como um futuro que eu poderia ter tido. Porque contigo eu quero ter, tudo.
Não posso deixar que a minha vontade de estar contigo, sempre, morra por causa de duas ou três grandes dificuldades, a gente passa por cima de tudo. Um dia, ainda, quero pôr minhas mãos na sua nuca, e te dizer o quanto admiro você por tudo. E te contar que eu descobri que essa tristeza, assim, meio serena, de não te ter por perto, me faz escrever melhor, amadurecer. Você me fez melhor, de todos os pontos de vista possíveis. Mesmo. E eu te amo.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Viva cada instante, viva cada momento,
Proteja da razão teu sentimento.
Tente ser feliz enquanto
A tristeza estiver distraída.
Conte comigo
A cada segundo dessa vida.
ps: canção para jade, toquinho.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

nights in white satin, never reaching the end ♫


Acordei já com a certeza de estar introspectiva o dia inteiro. Tentando ler as pessoas ao meu redor e transpor tudo para o papel, esse meu hábito irreprimível. Esquecendo de mim mesma nos lugares, pra notar todo o resto, plenamente. Ignorando as vozes que me puxavam de volta à realidade. Já acordei prevendo um dia de fones de ouvido, e blues temperamentais.
ps: moody blues; nights in white satin.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

a fairy called Artemisia Absinthium.


É este o problema com a bebida, pensei, enquanto me servia dum copo de absinto. Se acontece algo de mau, bebe-se para esquecer; se acontece algo de bom,bebe-se para celebrar, e se nada acontece, bebe-se para que aconteça qualquer coisa. Mas ainda acho muito melhor beber do que estar apaixonado. Porque as pessoas apaixonadas tornam-se muito suscetíveis, perigosas. Perdem o sentido da realidade. Perdem o sentido de humor. Tornam-se nervosas, psicóticas, chatas. Tornam-se, mesmo, assassinas.

Embriagam-se em outro líquido queimante que não absinto, ou licor, ou whisky, ou gim, ou vodka. E algumas delas também caem de porre, por simplesmente amar. Com esse minha mania metódica, me perguntei, qual é a diferença entre amar e beber ? Talvez porque o amor te traga de volta algo mais do que cirrose e morte precoce, saia ganhando no final. Pra mim tanto faz, aprendi a beber amando alguém. E ainda que pudessémos morrer lado a lado, gostaria que fosse com um último gole de conhaque, ou vodka, ou gim, ou meu tão fiel absinto verde de todos os dias.

Até porque, se tratando de sedução etílica, não tem perfume que me chame mais do que aquela fada verde, bonita. Farta de carnes e alvos os dentes, que vieram me beijar a têmpora dolorida. Essa fada absurda que me tira a dor de cabeça, e a tensão do corpo, que me relaxa e me desfaz em gozo. Esta mesma fada etérea e cor de esmeralda que me faz divagar numa mesa de bar, sobre bebidas e paixões mal resolvidas. Que me faz escrever contos e poemas sobre a vida sorvida em goles de absinto.

* inspirada em Charles Bukowski.

domingo, 16 de agosto de 2009

see emily play.


emily tenta, mas sempre entende mal, então ela pega emprestado os sonhos dos outros até amanhã. você vai pirar e brincar, com jogos de graça, vendo emily jogar. e logo depois que escurece, emily chora. olhando fixa entre as árvores, com tristeza, quase não se ouve um som até amanhã. não há outro dia, vamos tentar de outra forma, você vai pirar e brincar, com jogos de graça, vendo emily jogar. ponha um vestido que toque o chão, flutue num rio eternamente. Emily, Emily.

* see emily play / pink floyd

você tem que compreender, que as vezes estar com você, é como arrancar pouco a pouco a matéria que constitui meu corpo. que as vezes minhas convicções se esfacelam, perante a loucura que é gostar tanto de ti. você tem que perceber que sim, as vezes é fodido ser assim, tão submisso à um amor não realizado, que talvez seja um pouco mais pesado, só porque é você. mas de todas as formas, de todas as maneiras absurdas, como um auto-sacrifício, me sinto pronta pra dar, muito mais do que receber. não sei bem como pode, mas de fato acontece. e eu me sinto pulando de cabeça numa história louca, como se abrisse minha vidinha, já um tanto decrépita, a situações mais tensas ainda. mas é você, entende. é você. e por você, tudo que vier eu topo, tudo que vier vai bem. só peço que não jogue comigo, como se joga com cartas, ou como jogou com as outras amantes latinas. realmente, acho que te amo, de um jeito muito estranho pra alguém de 16 anos. acho que confio em ti, muito mais do que deveria, e por favor, me faça ser sua. para sempre. do jeito mais iludido e doce que se pode esperar.



ps: um dia será nossa foto ae, né q

ah, look at all the lonely people.



"Agora é tarde para corrigir sua resposta - Afirmou a rainha vermelha - No momento em que você diz uma coisa, já está dita, de modo que você deve aceitar as consequências."




Não me entenda mal, não compreenda de um modo distorcido, mas realmente, realmente existe uma linha tênue entre o que se diz,o que se escreve, e o que se faz. E quando eu não encontro meu equilíbrio, quando me afundo naqueles litros de café amargo, eu me torno mais frangalhos. O que, aliás, nunca foi diferente do que eu realmente sou. Um escombro. Um pedaço de nada solto num mundo étereo e vazio de luz.

E é isso mesmo, não adianta que me esconda numa máscara de mutismo. Nem que ponha meus fones de ouvido, procurando uma paz inexistente. Nem que eu finja amar aqueles que merecem, porque até meu afeto é incompleto. Incompetente. Indiferente. Doente. Louco e ensadecido. E se num momento amarelo brilhante, eu grito seu nome e lhe agarro excitada, não se iluda. Eu escolho brincar assim. A verdade é que eu nem existo.

E, mais e mais, eu entendo que estar só não é estar sozinha. Que viver num copo longo de solidão, não é ser o único corpo de uma sala. Ser só é afundar a mente naquele poço de incompreendidos. Mais e mais clichês. Eu me perco entre minhas idéias, antes de chegar a lugar algum, com uma habilidade digna de esquizofrênicos. Agora eu sei, sou realmente doente.

dont cry my baby, oh baby dont you cry.


A gente vai ter uma filha chamada Valentina, e um garoto chamado Bernardo. Você será psiquiatra/saxofonista, e eu serei arquiteta/designer. Teremos uma cadela chamada Grace. Uma coleção de vinis de rock clássico, e vamos passar férias com a família da Carolis, rs. E de madrugada você vai acordar pra tomar café, e eu vou dormir direto, feito uma pedra. E você vai diminuindo seus maços de cigarro, pouco a pouco, por causa da minha rinite. E um dia a gente vai olhar pra trás, e rir das coisas da vida. Com aquele ar de sabedoria das almas velhas.
Só porque a gente se ama.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

and she was buried along with her name.

A morte súbita de Grace Ashbury foi um choque para todos, inclusive para ela. "Uma perda lastimável", foi o último pensamento que cruzou sua mente, antes que seu corpo inteiro se chocasse contra o chão de linóleo. O sangue que agora estagnava em seu corpo, outrora fora quente e ocre, como a sua alma, que fervia com paixão. Mas, no presente momento, a chama da existência de Miss. Ashbury se apagava, pouco a pouco, com um leve brilho perolado, e muita surpresa. Não que ela nunca tivesse imaginado sua morte. Pelo contrário, na infância costumava passar horas imaginando o incêndio que lhe lamberia a vida, fumegante. Ou a pressão de toneladas de oceano sobre seus tímpanos, afogando sua alma lentamente... O que mais aborrecia Grace, entretanto, não era simplesmente morrer. Era morrer assim, ao relento, uma morte súbita, sem paixão, sem mistério. Grace sempre fora daquelas românticas inveteradas, ela queria morrer de amor.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A gente às vezes briga e se desentende. Faz que se odeia e que nunca mais quer se ver na vida. Já tivemos dias de destilar veneno, de jurar ódio eterno. De sentir ciúmes. O problema é que a gente ama demais, e isso pode ser bem delicado. Já amamos as mesmas pessoas, já brigamos por elas, já achamos que era o fim de uma amizade. Mas não foi. Nunca é. A verdade é que somos ligadas demais pra isso. Por mais que as coisas ainda não estejam iguais ao que eram antes... Eu só quero que você saiba que eu tô aqui pra tudo. Pra tudo que você precisar. E que eu tô esperando você voltar a sorrir seu riso bobo e doce. Te amo Ca. ;*

quarta-feira, 12 de agosto de 2009


Eu fico aqui sentada nessa sala azul, ouvindo Led Zeppelin. Ainda acho que é melhor ter o Plant gritando nos meus ouvidos do que ter que aturar uma aula dupla de matemática. Todo mundo sabe que eu não suporto exatas, especialmente aqueles cálculos longos e cheios de fórmulas deduzidas. Acontece que eu meio que tenho que passar por isso, caso queira ter uma vida legal lá na frente. Com condições de colecionar meus vinis de rock, meus dvds de clássicos de cinema e meus livros. Tenho que aturar esse professor quase todos os dias, e passar por cima de suas taxas de juros compostos, com a vontade e força de um trator. Aí, quando eu estiver feliz e com tempo suficiente, daqui a alguns anos, colocarei meu LP do Led pra tocar. E meus filhos irão crescer com estabilidade e segurança, ouvindo Whole Lotta Love. Céus, o professor colocou uma questão gigantesca de logaritmos no quadro, acho que é hora de parar de pensar no futuro, e me concentrar nesse presente chato, de números..

A vida de vestibulando é dureza, e hoje eu já acordei com sono ;*

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Parece que a vida fez questão de me fazer encontrar pessoas maravilhosas. Parece que eu tenho sorte, parece mesmo. Eu, que sempre me senti só, de repente tenho tantas ligações de afeto, tanta gente que eu realmente AMO, espalhados por aí. São como irmãos, maridos, esposas, mães e tias, são meus amores. Reescrevi minha árvore genealógica, com uma porção de fantasia. Pode parecer brincadeira, um tipo de jogo bobo, só pra esquecer um pouco a realidade crua da vida “real”. Mas não é. Essas pessoas, que eu amo cem por cento do tempo, eu quero que saiam do virtual. Eu quero que se tornem minha “família”, de verdade. E eu pretendo fazer por onde.


Esse é pra vocês: gio, ieda, loly, yas, ana, dih, danilo, duti, carol, farlen, victor, luh, vini, braian, tavinho, chico, e os que por ventura a mente saturada esqueceu.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009



Entre nós dois pode haver milhas, estados inteiros, pessoas desconhecidas. A gente pode ser de mundos distintos, e ainda assim, eu sinto saudades. Sinto saudades de ti, uma pessoa que eu nunca vi. Não sei ao certo como eu posso, mas de fato acontece. De repente eu sinto uma urgência de te amar e, ao que vem parecendo, ser amada por você. De repente meus dias não estão completos sem que eu fale contigo, e você sabe mais sobre minha vida do que a maior parte dos meus amigos. Aconteceu, é isso. Eu te amei desde o primeiro momento que te conheci melhor, mas de uma forma diferente. No começo você era meu melhor amigo, e vem sendo desde então. Mas as coisas foram ficando cada vez mais e mais fortes, e de repente você é o mais importante. Sabes disso, nem há sentido em ficar falando. Espero que um dia, de verdade, as coisas que eu sonho, alimento e imagino, possam virar a nossa realidade. Te amo Chico ;*

domingo, 9 de agosto de 2009


Eu sonhei com alguma coisa ontem. Sonhei sim. Algo que não consigo lembrar. Mas sabe quando você levanta de manhã, e as coisas ainda estão ali? Alguns sussurros ficaram, como uma névoa, atordoando minha mente cansada. Considero muito irônico não lembrar meus sonhos, porque toda noite eu queria que eles virassem realidade. Ah, se eu pudesse apenas dormir pra sempre, e os dias virassem noites sem fim, até que as horas me consumissem... Por mais que eu tente pôr as coisas pra funcionar, nada dá certo. Eu me sinto perdida, numa barca a deriva, guinando em direção a um paredão de tédio, sem perspectiva. Acho que a vida não é assim tão bonita, acho que não há esperanças para desgarrados como eu. Acho que tudo vai acabar, sem mais nem menos, como ondas no mar. Clichê ? Não. É Sea Biscuit. Biscoito de mar é assim, vaporoso e etéreo, um nada atrás do outro.


Cest la vie ;*