qualquer coisa grite meu nome:

quarta-feira, 30 de junho de 2010

tem formiga no meu teclado

asfalto embaixo do solado

sangue sujo no cós amarrotado

sinto que fui abandonado

sou um velho enrugado
perdido

precocemente morto

meu sonho engarrafado


me foderam

Full bed of ophelias, homelias, odelias?

May be not your fault
But still i punish you
Cos’ I am not plenty sure
what i am suppose to do

Don’t know pretty well
Everything on life
Feel like a hammer
A gun, a knife
Things that hurt

I blame who put me here
This is not my place
Not my time
Not my life.
I hate it all.
Pare pra pensar. Se for mesmo parar pra pensar, de verdade, você chega numa nova conclusão (rústica) sobre a vida e blá.
Mas o que é a vida? E blá²

Deixa sair de novo: Só clichê, Só clichê, Só clichê.

“Viver é nunca ter certeza de nada”
“Viver é se arriscar dia após dia”
“Viver é uma complexidade blá blá blá”

Viver, meus caros, é uma coisa meio assim, merda inevitável.

Pois então, chafurde e se afunde nesse lodo estranho e só saia quando estiver completamente deteriorado.

read it screaming the worlds one by one:


What forces me to read
is the same fucking thing
that turns me
into a running blue.

What makes me so sad?
The moans of my mind?
My dead cat or the world,
gray shadows of the MAD?

I truly hate life.
As I truly avoid dying.
For being such a coward
cowboy and all alone.

The king of the assholes.
The king of the fool rodeo
that they call our century.
Might come back to my mom.

“Eux uma princesa muito lindinha !!!111!!”


Eu sei bem o que vejo
Desde cedo se expondo
Crianças na internet;
Crianças sozinhas na rua;
Crianças nas mãos de um monstro,
Porque não?

E seria culpa delas
Que usam e abusam da rede?
Ou dos pais que ignoram
O que suas doces crias fazem no escuro

e do que elas têm fome e sede?

Duas da manhã é hora de dormir
Não de fazer poses indecentes na frente da webcam
Na frente de um email qualquer
Na frente de um mundo cão

Que não respeita ninguém.

Vejam crianças,
O tempo passa muito rápido
E não espera
Por quem não soube aproveitar
O tempo que já teve.

Não façam isso com vocês..

terça-feira, 29 de junho de 2010


it seems to be too late

quinta-feira, 24 de junho de 2010

PDF Charles Bukowski - download it NOW !

If you're losing your soul and you know it, then you've still got a soul left to lose.

Às vezes eu me acho um bocado Charles Bukowski, até escrevo como se fosse ele.


A maior parte dos homens que eu conheci tinha vidas de merda, vidas que não valiam lá muita coisa. Até eu. E o telefone toca de novo, me interrompendo. Eu odeio o telefone. Essa burocracia. É de se pensar, fora do sério, o que acontece se uma vez na vida eu simplesmente fingir que não escuto? Mas sou um cagão, seguro o máximo que é possível, mas sempre atendo antes do último toque, sou um cagão. E escuto a mesma voz vazia, zangada “você fez o que eu mandei? tem que mandar isso rápido pra ele e essa porra ainda vai demorar pra caramba!” Porra, que me interessa? Sei que é meu trabalho e não tenho nada contra o trabalho, é até digno e uma coisa capaz de engrandecer um homem se é decente e feita da maneira certa, mas que merda que meu chefe liga tanto e me atrapalha a vida mandando eu fazer um milhão de vezes a mesma coisa? Ele acha que eu sou um cagão. E eu sou mesmo.

Que tipo de vida imbecil é essa em que você tem que escolher entre ser minimamente feliz e decente ou simplesmente sobreviver?

Abro mais uma cerveja. O telefone toca de novo. Eu não o atendo pelo menos antes do último toque. Tem coisas que nunca mudam. Os homens ainda levam vidas de merda, e eu ainda sou o maior cagão que já existiu.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

it's easy if you try

The catcher in the Rye - J. D. Salinger

       "Depois que eu disse a ela que tinha um encontro marcado, não podia mesmo fazer droga nenhuma senão sair. Nem podia ficar por lá para ouvir o Ernie tocar alguma coisa minimamente decente. Mas não ia de jeito nenhum sentar numa mesa com a Lillian Simmons e com aquele cara da Marinha e morrer de chateação. Por isso saí. Mas fiquei danado quando apanhei meu sobretudo. As pessoas estão sempre atrapalhando a vida da gente."

-
     "Fiquei no banheiro quase uma hora, tomando banho e tudo. Depois voltei para a cama. Levei muito tempo para dormir, não estava nem cansado, mas acabei pegando no sono. A vontade que tive foi de me matar: tive vontade de me atirar pela janela. Provavelmente teria pulado mesmo, se tivesse a certeza de que alguém ia me cobrir assim que eu me esborrachasse no chão. Não queria é que um bando de imbecis curiosos ficassem me olhando quando eu estivesse todo ensanguentado."

-
       "- Seja lá como for, fico imaginando uma porção de garotinhos brincando de alguma coisa num baita campo de centeio e tudo. Milhares de garotinhos, e ninguém por perto - quer dizer, ninguém grande - a não ser eu. E eu fico na beirada de um precipício maluco. Sabe o quê que eu tenho de fazer ? Tenho que agarrar todo mundo que vai cair no abismo. Quer dizer, se um deles começa a correr sem olhar onde está indo, eu tenho que aparecer de algum canto e agarrar o garoto. Só isso que eu ia fazer o dia todo. Ia ser só o apanhador no campo de centeio e tudo. Sei que é maluquice, mas é a única coisa que eu queria fazer. Sei que é maluquice."

arrasou hein paul






e a mary é uma fofa *-*

terça-feira, 22 de junho de 2010

Meu velho Johnny England com Tabaco.

       Eu tive um tio-avô que trabalhou nos correios a vida inteira, mesmo depois do tempo de se aposentar. Pra aqueles que não sabem, isso é coisa pra caramba, ele viveu pra mais de 70 anos. Devia ser difícil acordar todas as manhãs, uma atrás da outra, com exceção dos domingos, e executar a mesma ladainha ritmada de lava rosto, penteia cabelo, põe a farda, se olha no espelho, passa a colônia Johnny England e ajeita o quepe antes de um cigarro de palha. É, ele era do tempo dos correios do quepe – e do cigarro de palha.
       Morei com ele quando era bem menor. Um fedelho de 12, mas parecia ter corpo de 16; sempre fui um cara gordo, grosso e calado. Não nasci pra ser criança também. Nunca tive aquele ar de quem precisa de proteção e carinho, eu me arranjava só; e meu tio sacava isso legal. Evitava cruzar comigo na casa e quase não havia conversa. Na verdade, pensando bem, nossa relação era construída mais por atos do que qualquer outra coisa. Se eu estava no quarto, lendo, e ouvia lá fora o rádio ligado no noticiário, era porque meu tio existia, e pronto. Os sons que produzíamos na casa de dois quartos é que nos lembravam mutuamente um da presença do outro. E ocasionais mudanças de objetos, tipo os pratos sujos na pia, ou os livros jogados na mesa da sala.
       Éramos do mesmo tipo de liga, aquelas pessoas que não são dadas a abraços e conversas inúteis. Éramos homens da praticidade, acima de tudo. Eu acordava todas as manhãs bem cedo e encontrava o café pronto, dinheiro pro ônibus da escola e era só. Ele certamente já tinha ido labutar entre selos e carimbos do estrangeiro fazia tempo. Às vezes eu tentava acordar mais cedo; surpreendê-lo com o café já coado quando ele fosse à cozinha pra coar; mas eu nunca consegui. Se fosse hoje e eu ainda morasse com ele, quem sabe... Estou experiente em café na madrugada, às vezes passo dias sem dormir. Às vezes é culpa do passado, me revolvendo com material pra escrever meus textos doídos. Às vezes é culpa da insônia. Às vezes é remorso. Às vezes são os três juntos, como hoje. Meu tio-avô morreu anteontem, depois de três dias na intensiva do hospital. Eu morei com ele três anos inteiros, sentindo seu Johnny England misturado com tabaco, todas as manhãs, quando ele saía pro trabalho e só o que ficava na casa era o cheiro; e eu. Mas não fui visitá-lo. Meu tio avô morreu anteontem, e fazia 20 anos que eu não o via. E agora nunca mais verei.

sábado, 19 de junho de 2010

everybody lies but eyes always tell truth.


Do lado direito da minha rua mora um homem estranho, que tem uma perna que não funciona direito há mais ou menos cinco anos. Culpa de um acidente misterioso, que o meu vizinho faz questão de manter em suspense. A gente aqui da rua bem que tenta entender um homem que não anda; e até que ficou fácil. Mas o problema não é esse. O problema é essa cisma estranha que meu vizinho tem por gatos e caixas de correio. Faz mais ou menos um mês que os gatos da vizinhança vêm sumindo e aparecendo mortos e enfiados de qualquer jeito dentro das caixas. Você até pode se perguntar como sabemos que é o tal homem, mas eu lhe digo que nesses casos não existem dúvidas, fica tudo muito claro no olhar de satisfação satânica que ele carrega desde que os gatos começaram a sumir. Os homens, andantes ou não, sempre deixam as coisas claras no olhar.
Se você quer ser elogiado, condecorado, admirado; siga as regras invisíveis. Se você quer viver de verdade; apenas seja você mesmo. É um puta desperdício de tempo se preocupar demais com o resto do mundo. Por isso eu digo mesmo: fodam-se todos vocês. Eu meio que já cansei de inventar desculpas para todos os erros do planeta. Cansei de procurar inocentes e vítimas onde simplesmente não há. Vão para o diabo! Eu liguei meus motores, eu tenho óculos escuros, eu tenho rock'n'roll, eu vou nessa. Já não estou mais entre vocês. Eu caí na estrada. E não me importo que só caiba uma pessoa por vez, e que eu esteja sozinha. Porque, na verdade, já estou habituada com a solidão.

Do que você tem mais medo?

96 Pigeon House Road by Don Healy
Eu tenho medo do fanatismo. De todos os tipos. Principalmente o religioso.
96 Pigeon House Road by Don Healy

Salve a Legião Urbana.

96 Pigeon House Road by Don Healy
Quando nascemos fomos programados a receber o que vocês nos empurraram com os enlatados dos U.S.A., de nove as seis. Desde pequenos nós comemos lixo comercial e industrial, mas agora chegou nossa vez, vamos cuspir de volta o lixo em cima de vocês. Somos os filhos da revolução, somos burgueses sem religião, somos o futuro da nação, geração Coca-Cola.

Depois de 20 anos na escola não é difícil aprender todas as manhas do seu jogo sujo. Não é assim que tem que ser. Vamos fazer nosso dever de casa, e aí então vocês vão ver suas crianças derrubando reis, fazer comédia no cinema com as suas leis. Somos os filhos da revolução, somos burgueses sem religião, somos o futuro da nação, geração Coca-Cola.
Se está bom pra você, nem me pergunta o que eu acho. Tenho um monte de trabalhos pra fazer, pendências... Minha vida é uma pendência atrás da outra, e quando eu acho que me livrei do absurdo, lá vem o ridículo. Okey, eu supero.
Clique aqui para ver gráfico explicativo rs
Se você pode, eu posso. Porque não há limites pra minha imaginação. E agora somos como uma só.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Os Cães Ladram, Truman Capote, pg. 55


Ontem, voraz, lembrei-me de ter admirado os cestos de frutas do lado de fora de uma mercearia grande, por onde passei algumas vezes. Laranjas monumentais, uvas do tamanho de bolas de pingue-pongue, maçãs empilhadas em pirâmides vermelhas. Há algo de ardiloso nas distâncias aqui, nada é tão perto quanto se imagina, e não raro alguém viaja quinze quilômetros para comprar um maço de cigarro. Andei três quilômetros antes de avistar a placa na mercearia. As bancas enormes eram inclinadas, de longe eu já via as frutas esplêndidas: pêras, maçãs. Cheguei. estendi a mão para pegar uma das maçãs extraordinárias, mas ela parecia colada à banca. A vendedora riu. "São de cera", disse, e eu também ri, talvez um pouco exageradamente, e a segui pelas profundezas da quitanda, onde comprei seis maçãs pequenas, desanimadas, e seis pêras pequenas, desanimadas.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Quando o mesmo poema serve pra dois.

Seus olhos são as duas pedras azuis mais filhas da puta que eu conheço
Porque se eu te odeio, é no exato momento que me olham que eu esqueço
E começo a pensar besteiras, coisas de outro mundo, sacanagens mesmo
Nem me importa se você é menina ou menino, do mesmo jeito estremeço

Confesso que tua boca, teus cigarros, essa pele branca marfim,
A voz rouca acelerada, teu estilo presídio adolescente mexaram em mim
Você e eu nos merecemos, mas nunca ficaremos juntos e iguais
Porque é síndrome do mundo me dar hipóteses sem finais

terça-feira, 15 de junho de 2010

Não existe fracasso se não existe tentativa. Não existe suicídio se não existe vida.

Que besta eu tenho sido, olhando em volta e esperando pelo meu amigo suicida. Porque você sabe, tem sempre um deles no meio dos grupos, qualquer grupo. E dois, três anos se passaram e nenhum tiro, pílula, ou cortes na pele do pulso. Nenhum funeral adolescente; nada de rock no cemitério, ou minuto de silêncio na escola/faculdade. E foi aí que eu percebi que a amiga suicida do meu grupo sou eu. E estou atrasada pra caralho, puta que pariu! 17 anos; 17 anos e nada. 17 anos de porra nenhuma. Antes eu pensava em suicídio chorando, um monte de drama. Toda uma encenação do capeta, preparando os ritos, imaginando a cena e os choros posteriores, escrevendo bilhetes imaginários de adeus e de desculpas, quase como se eu fosse estar lá. Mas não estarei, então não faz diferença. Agora ficou banal, me tornei indiferente. Não dá uma certa angústia ?
Vocês podem julgar as coisas como aconteciam naqueles tempos. Ah, podem sim. Até forjarem-se imaculados, santos puros. Entretanto, não esqueçam nunca daqueles tempos loucos, passados. E de todos aqueles lugares remotos. Pois o que vocês são hoje é fruto direto daqueles erros, e esquecê-los seria esquecer do que vocês próprios são feitos.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

para félix feneón

        Me questiono constantemente o que leva um homem, caldeira de idéias e valores, a estagnar dentro do perfeito círculo da moral. O que faz um homem acreditar em tudo que lhe é dito ? O que faz com que ele rejeite sistematicamente as idéias que lhe são tabu ?
        Porque eu tenho um conhecido que se forja um homem da justiça, que insiste religiosamente no sistema que todo mundo já domina: a felicidade é a perfeição; depressão, suícidio e outras tristezas são doenças que abatem somente aqueles que permitem; não é saudável se afastar do mundo e dos amigos; coisas assim. E eu não poderia discordar mais.
        Para mim, digerir o mundo sob esta ótica, que se fez muito antes que você fizesse parte dele, é covarde demais. É ter medo de pegar sua pá e cavar uns poços profundos por conta própria. É deixar de viver de verdade em nome da dita existência perfeita. E, talvez o mais importante, é o total oposto, negativo , do que eu fiz em mim.

sábado, 12 de junho de 2010

Este é o último dia 12 de dois anos, e chega com um adeus duplo.


Ela andou pensando muito em ti esses dias, e sabe, percebeu que as coisas não mudaram, não para ela. Mas eu sei, e você foi muito honesto quando lhe disse, que pra você sim. Então eu acho que a melhor coisa que ela faz é se afastar, porque ela ainda é muito presa em ti e não é tua culpa, mas dela. Que não consegue ir, porque nunca gostou de ninguém da forma como gosta de ti. E não estou falando somente das coisas boas, mas até das brigas e dos desentendimentos e das diferenças. E também não estou falando de coisas como casar, ter filhos, ser namorada, sexo, somente isso. É mais... Confuso. E ela realmente nunca teve nenhum contato assim com ninguém antes, é isso que eu quero dizer. E a verdade é que eu não acho justo que ela continue fazendo isso consigo mesma, sabe, ter esperança toda vez que vê que a marcastes numa foto, ou deixastes mensagem secreta nas comunidades, coisas assim. Só está se iludindo, e o pior é que todo mundo sabe, e ela tem consciência, ou seja, é deprimente, paranóica, estúpida e etc.

A verdade é que para ela você é único, as coisas que ela sente por ti são únicas, sempre serão, você sempre vai ser O, sabe, é estranho, mas um dia, quando aparecer a TUA, você vai entender. Esta nova será aquela por quem tudo vai valer a pena, e de quem você nunca vai cansar, podem se desentender, ficar de cu doce por um tempo, mas lá no fundo, você vai saber que essa pessoa já faz parte de ti e ela vai ser única. É assim que tu és para ela, e era assim que ela queria ser para ti, mas eu entendo que não passe de uma amiga, uma grande amiga. Mas (não estou comparando, e não é nenhum tipo ciúmes, estou usando o meu melhor exemplo) ela não é diferente, pra ti, da primeira, segunda ou terceira companheira de copo, entende ? Enquanto que para ela você é diferente de todos que conhecemos. Não sei se me expliquei direito, sinto que não, mas se eu não consigo explicar esses sentimentos nem para ela, nem para mim mesma, quem dirá pra ti.

De qualquer forma, ela te ama mesmo. E eu sei que parece muito fácil quando isso é falado assim, por outrém, sem precisa te ver, mas eu sei que é verdade. E eu também sei que o "destino" de vocês não é ficar junto. Mas nem isso a impede de gostar de ti, e ela não é o melhor exemplo de racionalidade, você sabe. E se você ler e não se identificar, é sinal de que realmente ela não faz tanta diferença pra ti, assim, desse jeito que tu fazes para ela. E se você não quiser mais falar com ela, tudo bem. A verdade é que era preciso tentar deixar as coisas mais claras, porque doíam todas essas dúvidas.

Você sabe que pode contar conosco sempre,
M.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Na esquina.

Na esquina tenho um amigo, nesta grande cidade que não tem fim. Os dias passam e as semanas correm, e antes mesmo que perceba, um ano passou. E eu nunca vejo meus velhos amigos, porque a vida é uma corrida rápida e terrível... Ele sabe que gosto dele, como nos dias em que batia à sua porta. E ele batia à minha porta, e nós éramos mais jovens, e agora somos homens ocupados, e cansados. Cansados de jogar esse jogo idiota, cansados de tentar ter sucesso.
- Amanhã - digo - vou ligar pro Jim, só para lhe mostrar que penso nele.
Mas o amanhã vem, o amanhã vai, e a distância entre nós cresce e cresce...
Na esquina! O mesmo que milhas de distância...

quinta-feira, 10 de junho de 2010

I have been murdering someone for so
much time that i can't reconize myself,
the ghost of sunlight, approaching my
dying time again.

die motherfucker die

quarta-feira, 9 de junho de 2010

com amor com camisinha


some day, over the rainbow

CAMBOJA BARCELONA MADRID ANDALUZIA PORTUGAL ZIMBÁBUE

what ever

Eu te vi fazendo os acessos na internet, clicando neurótica nos links já clicados. Eu sei que você anda bebendo café demais, que teu pé esquerdo anda dormente sabe-se lá porque (talvez culpa da cafeína ?) e que você não dorme bem de noite por culpa do grito. Sim, o grito reprimido. Sim, o grito de socorro. Whatever. É ruim ser só.

terça-feira, 8 de junho de 2010

feelings

É muito difícil conviver com o amor, em linhas gerais. Cada novo dia me traz novos fatos, uns que eu odeio e outros que me cativam, e eu tenho que saber domar os sentimentos e lidar com cada um deles isoladamente. Se você quer saber, isso é pura tensão, pois é o que desgasta o amor, mas também o que dá corda. O que me dá vontade de desistir, mas o que faz com que eu não desista nunca.

domingo, 6 de junho de 2010

truman capote: jet set internacional
charles bukowski: jet set marginal
jack kerouac: jet set da auto estrada


mas no fundo são todos iguais porque escrevem sob o mesmo pecado.

sábado, 5 de junho de 2010

pain flute

Tenho buracos nas costas. Um de culpa e outro de saudades. E ando desfigurada por aí, em todos os cantos e parece que mesmo assim ninguém percebe. Não deixa de ser engraçado.Talvez todas as pessoas do mundo tenham essa mesma sensação que eu tenho. De "incompletude". Talvez isso as torne estéreis aos sintomas alheios. Egoísmo. Egocentrismo. Ego-dor.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Acho que as pessoas que usam o alcool como desculpa para falarem o que realmente pensam não passam de fracas. Não sei qual é a graça de levantar a bandeira do "me desculpe mas eu estava alto demais e não pude me controlar". Grande besteira. E também é culpa daqueles que permitem qualquer comportamento àqueles que não sabem maneirar em nada. A vida não perdoa os bobos, os fracos e os alcoolátras.

being born this way


Em que mundo as pessoas acham que ter filho é o ápice do sucesso pessoal ? Em que planeta esses grandes tolos se enganam desta maneira, pondo em risco a sanidade mental de pequenas pessoas ? Um filho não é uma possessão, é um organismo dependente, mas autônomo nas suas sensações. E os pais não são como Mussolinis, são aqueles que dão o apoio que se precisa desde sempre e até o fim de nossos dias. É por isso que se vê tanta desgraça, tudo começa nesses nascimentos mal-sucedidos. Como o meu, e o seu, e o de todo o resto do mundo.

KILLER FILMS KILLER SONGS FUCKIN DAMN KILLER PINK FLOYD AND GIANT TITLES TO MY GIANT TEXTS and such strange feelings

O que acontece quando eu ouço músicas tipo ANOTHER BRICK IN THE WALL é que eu sinto mais vontade de matar pessoas. Não sei bem se é o ritmo meio crescente, meio forte, meio animalesco, meio gritado; mas parece que dá vazão aos meus sentimentos assassinos. Nem meus amigos eu respeito. Nem as fragilidades daqueles que eu sempre tento proteger da real pessoa que sou. Então venho escrever nesse blog estranho, que eu sei que muitas pessoas que nem me conhecem direito lêem, e tudo o mais. Mas nem a perspectiva de abrir minha psicopatia me faz parar. É como dizem por aí: "não existe tentar, ou você faz ou não".

a pedra do reino

Na ocasião de seu nascimento, seu amado pai, o rei, mandou que fosse posta uma pedra de quartzo rosa de 3 metros de altura no ponto exato que marcava o centro do reino. Daquela pedra também foi retirada uma lasca, com a qual se fez um pingente que ela passaria a carregar onde quer que fosse. Fora criada pra acreditar que seu cordão a ligava à pedra do reino da mesma forma que seu sangue a ligava à terra do reino. E sendo assim, ela nunca iria longe o suficiente, pois lugar nenhum seria o bastante para mantê-la afastada de si mesma por muito tempo. Todos os aldeões tinham também a obrigação de regar a pedra do reino com água e sal, pois o rei acreditava piamente nas leis sobre magnetismo e radiestesia; inclusive a teoria que falava sobre o verde negativo. Entretanto, nada disso impediu que a princesa, 20 anos mais tarde, se matasse com a ponta afiada de seu pingente de quartzo rosa. Pois veja bem, nem mesmo um pai amável, nem mesmo todas as teorias do mundo, sobre força e reação, contém a alma sufocada de alguém que já nasceu com tudo selado e amarrado pelo destino.

Sobre a copa.

Até eu me vejo presa nesse disse me disse, nesse bafafá verde e amarelo. Pessoas em todos os cantos obsessivas com a tal da copa. Blergh. Para mim não faz a menor diferença, não sou patriota, defendo uma nação globalmente unificada. Para mim as escolas não deveriam parar, os bancos não deveriam parar, as pessoas não deveriam parar. Para mim, a copa não passa de desculpa pra festejar um pouco mais. E pra que festejar, se a cada dia que passa as coisas vão mais fundo em direção ao buraco ? Sejam espertos, esqueçam Dunga e as bolas e o gramado e pensem mais nas pequenas coisas que devem ser feitas pra salvar o mundo dessas catástrofe iminente. Ou serão todos pegos com as calças e a taça na mão. Sabem como é.