Minha psiquiatra diz
que sou sensível
e ela também diz
que isso é um dom.
E minha mãe diz
que sempre fui assim
e eu não sei se estão tentando
me enganar.
Enquanto isso,
eu espero.
Minha psiquiatra diz
que sou sensível
e ela também diz
que isso é um dom.
E minha mãe diz
que sempre fui assim
e eu não sei se estão tentando
me enganar.
Enquanto isso,
eu espero.
É quando o blog da gente vai ficando maior do que os dias do ano. Mais bonito do que a maior parte das pessoas que a gente conhece. E quase mais nada nos dá tanto prazer. E não tem dinheiro no mundo que pague ou reponha o que a gente faz pra mantê-lo aqui, alive.
Quando somos jovens um monte de coisas aparecem o tempo inteiro, coisas que ainda não conhecemos. É nosso dever experimentar estas coisas e então saber qual delas devemos rejeitar. Se você tem a chance de escolher entre se matar cedo ou viver do jeito certo, por favor não se atenha no meio, faça a sua escolha e vá até o fim. Os sábios de verdade entendem que a existência não são os exageros, mas as vezes em que nos contemos porque ser exagerado era contra a própria natureza. Garota, não beba mais do que pode conter. Não fume mais. Viva a tua vida do jeito que seu instinto te diz que é certo. Como teu grande espírito te diz que é certo. Viva tua vida desta maneira política, maquinaria exata que tu sempre viveu. Falando sobre o que importa, é que você, eu, não vive só pra si. Somos realmente peças raras, pro bem ou pro mal.poeta profeta marginal farsante
Mãe, talvez isso pareça extremamente egoísta, mas foi ontem, jogada no chão frio, a água do chuveiro caindo pra todos os lados errados do banheiro, suando frio e chorando, que eu percebi que realmente preciso de você todos os dias da minha vida. Foi a primeira pessoa que eu pensei que poderia me salvar, porque eu mesma nem tinha mais forças. Todos os outros ao meu redor eram amigos, e não dos maus sabe, mas é que eles têm a idade das besteiras e por isso pouco sabem sobre o que fazer. E, por mais que tenham me ajudado depois e me colocado pra dormir, não posso esquecer que se não fosse o meu sentimento de obrigação "amigar" por eles, eu nem estaria lá. Mas mãe, prometo nunca mais fazer besteiras por remorso. Prometo nunca mais lembrar de você chorando. E eu perdi aquele anel que você me deu duas semanas atrás. Sou a pior das piores filhas, mas sou teu monstrinho amado.
Quando eu me formei em inglês, teve festa de gala e tudo, faltei. Aliás, ainda nem peguei meu diploma e isso foi no começo do ano passado. Fim de terceiro ano do colegial, eu fazia parte da comissão de formatura, mas de tanto gongar a festa, falando que não ia e blá blá blá, no final o pessoal nem quis pagar e não teve porra nenhuma. Passei na estadual e proibi meus pais de fazer qualquer festinha besta. Faço duas faculdades, horários distintos, colegas de turmas distintas e nenhuma das duas teve o tradicional churrasco dos calouros. Todo ano eu digo que não quero nem bolo no meu aniversário. Nunca fui pra balada. Nunca tive um encontro "formal" com ninguém. Ou seja, que merda eu tô fazendo num mundo onde só a imagem social conta ?
Eu quero falar de amor, na verdade, essa é uma das minhas maiores obsessões. Algumas pessoas dizem que a vida não tem sentido, e outras dizem que o amor é que é o sentido de tudo. Mas eu honestamente não sei. E acho muito atrevimento até, vir falar disso, se eu tenho só 17 anos e nunca experimentei o amoooor, sabe, exagerado e cheio de ooos. É que no fundo, no fundo, poucas pessoas me amam de verdade. Muitas até pensam que sim, mas não é sério porque são poucas as pessoas que me conhecem de profundis a ponto de poder tolerar meus defeitos, e putz, se você não me conhece como pode afirmar com absoluta certeza que me ama ?
Esse é um dos meus maiores problemas, porque eu não consigo entender e/ou suportar falsas promessas, e quando alguém diz que vai ficar do meu lado pra sempre, é preferível que essa pessoa esteja 100% certa do que diz. Sou intolerante com isso, porque esse tipo de instabilidade corta o encanto da coisa, da relação. E eu não tô falando só de relação amorosa clichê, tipo Romeu e Julieta ou Edward e Bella (que exemplo mais ridículo esse que eu tô dando), mas principalmente de amizade. Porque pra mim, a amizade é o berço de tudo. E como eu já disse ali em cima, não se ama um completo desconhecido, só se ama amigos. Sinto que tô andando em círculos com esse texto, tenho sérios problemas mentais. Ou é a falta de cafeína no corpo.Nossa, escrever às vezes é um inferno. Porque você literalmente abre as comportas das tuas idéias e depois que faz isso é difícil, impossível de conter. As coisas simplesmente... saem, sabe ? Às vezes é bonito, é o tipo de texto que você lê depois e ainda te surpreende, as idéias parecem permanentemente frescas, como se nada tivesse mudado dentro de você. Mas é óbvio que mudaram, o fato é que o seu texto é foda mesmo, do tipo que abarca todo mundo que lê, e mesmo assim se aprofunda na alma de cada um, arrancando as confusões nos cantos certos. Você talhou com palavras uma máquina de pensar, no duro. Mas tem uns que dá vontade de engolir e deixar sufocar, que te envergonham e você fica pensando se tava de porre no dia, ou se tinha levado uma paulada na cabeça. As palavras não fluíram, as histórias tinham som de mentira, sei lá, os personagens eram todos estúpidos. O escritor é que é todo estúpido. Muitas dúvidas. Escrever é levantar muitas dúvidas, isso é fato.Eu ainda fico confusa com muitas coisas que faço, ainda não dou o valor que deveria dar para mim mesma. Eu tenho idéias, e mesmo que me pareçam absolutamente certas, eu vou pedir a opinião de cada um que eu conheço. Às vezes tenho sorte e encontro quem me dê boas sugestões, mas na maior parte das vezes eu me ferro por escutar mais os outros do que minha própria intuição. Mas o fato é que eu ainda sou uma pessoa muito solitária e insegura. Espero que um dia eu seja capaz de fazer as coisas por mim mesma.