qualquer coisa grite meu nome:

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Quando o mesmo poema serve pra dois.

Seus olhos são as duas pedras azuis mais filhas da puta que eu conheço
Porque se eu te odeio, é no exato momento que me olham que eu esqueço
E começo a pensar besteiras, coisas de outro mundo, sacanagens mesmo
Nem me importa se você é menina ou menino, do mesmo jeito estremeço

Confesso que tua boca, teus cigarros, essa pele branca marfim,
A voz rouca acelerada, teu estilo presídio adolescente mexaram em mim
Você e eu nos merecemos, mas nunca ficaremos juntos e iguais
Porque é síndrome do mundo me dar hipóteses sem finais

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