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terça-feira, 27 de outubro de 2009

heathcliff

A miss Moustache acredita, do fundo do seu coração grayscale, que Heathcliff não era um cara inteiramente mal. Está certo, e comprovado, que a maldade e a vingança não levam a lugar algum. Que o ódio e a amargura matam. Lentamente ainda por cima, a pior forma de morrer. Mas Heathcliff não fez de propósito. Ou talvez tenha feito, mas de certa forma a culpa não é toda dele.
Se você já leu “O morro dos ventos uivantes”, sabe do que a miss Moustache está falando. Se não leu, deveria desligar esse computador agora, e procurar urgentemente uma biblioteca. Se há algo que a miss Moustache não suporta, é falta de cultura. Aí, nem tendo a barba mais linda do planeta meu amigo, ela não vai gostar de você. Não mesmo.
Agora, voltando aos nossos amigos da época vitoriana, dizer que Heathcliff é o único vilão daquela história é negar o óbvio: em histórias de amor não existem mocinhos ou bandidos. Em histórias de amor somos como um só. Em histórias de amor, tanto faz se você é Heathcliff ou Linton ou Cathy, é preciso ouvir seu coração, sempre. Quando se cala o coração, se consente com a dor e a infelicidade. Ignorar os sentimentos é convidar a amargura a fazer estadia permanente dentro de nós. E aí não se pode culpar Heathcliff, ninguém quis ouvir o coração dele.

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