qualquer coisa grite meu nome:

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

come enjoy us: los paranoias.

Eu achava que ninguém jamais entenderia tudo aquilo, e por mim tava tudo certo. Era mesmo um atulhado de merda, desse tipo que atravessa a mente desocupada dos jovens, numa terça-feira monótona com aulas de física; dos bêbados e dos aposentados, entre a sopa e o telejornal. Um monte de dúvidas existencialistas sem justificativa, e pouco importava.

Na verdade, eu agradecia pelas noites maravilhosas em que as porras dos tiras corriam atrás de nós, porque um vizinho bisbilhoteiro nos vira pulando os muros da casa, na calada da noite, e ligara para a central. Aquela urgência de se safar limpava minha mente de tudo o mais que havia ali. Era óbvio que eu amava ser dominado pelo instinto de sobrevivência. Eu entendia que era capaz de qualquer coisa, e aquele poder era tudo.

Um comentário:

  1. Achei seu blog por acaso, e preciso dizer: estou viciada nos seus textos. São completamente originais e me fizeram me identificar com o que você diz.
    Sem contar que o George era o meu preferido, hehehehe
    :*

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