qualquer coisa grite meu nome:

quinta-feira, 20 de maio de 2010

her brain cancer


Ela não queria mais ouvir, sequer uma palavra. Era mais fácil quando tudo parava. Os carros, a música, o tempo. E ali ela ficava, sentada. Observando as cores e os raios que passavam lá embaixo, apostando uma corrida cega contra a noite. Não era mais preciso pensar nas outras pessoas, no resto do mundo. Ela agora podia fingir que nada existia. Que ela não existia. Que o universo não existia. Que até a noite, evidente, não existia. Era mais fácil, afinal.

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