qualquer coisa grite meu nome:

sexta-feira, 2 de abril de 2010

losing control


Sexta feira, 03h 11min da manhã, ouvindo recortes de Queen com Robert Plant e Marvin Gaye. As madrugadas passam assim por aqui, nesta tribo de ninguém. Quando não ouvindo, vendo, assistindo ou lendo histórias estranhas de lugar nenhum. A gente tem sempre uma sede por livros coloridos, filmes esquecidos, músicos aborrecidos com o dia-a-dia nacional, ou local, ou global. Tanto faz, na verdade, desde que aborrecidos com alguma coisa. E escrevendo canções tristes sobre estar aborrecido. Canções que tentam modificar o mundo, mais do que ganhar dinheiro. Eu gosto das pessoas que fazem o que fazem porque não conhecem outra forma de vida, e não daquelas que só desejam alguma coisa podre como poder e dinheiro e cartões e luxo. Agora começou uma daquelas tristes músicas de Ian Curtis e sua Joy Division. Tristes mas belas, porque quem foi que disse que só o que é alegre é bonito? Eu talvez seja a melhor pessoa para dizer que muitas vezes é a melancolia, o feio e o torto, que nos ganha. Quem nunca amou um dia roxo, um pouco deprimido? Quem só gosta do que pula e vibra por decerto é vazio e inseguro, e tem medo de se contaminar com o que há de mais depressivo no mundo. Porque quando se é grande de verdade, o que é triste vira combustível para nossas alegrias. Para as reflexões desmedidas. Os grandes não se contaminam, absorvem e transformam. Os grandes aprendem com a vida.

Existência. Bom, o que é que importa? Eu existo da melhor maneira que posso.

Um comentário:

  1. Aaaai *----* Que lindo. Meus dias em roxo são tão criativos quanto os amarelos. :) "Os grandes não se contaminam, absorvem e transformam. Os grandes aprendem com a vida." E eu concordo totalmente contigo.
    Te amo ♥

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