qualquer coisa grite meu nome:

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Tecido Hematopoético.

transceda, transgrida, transmita
Deixe que sua células vibrem, que o ar ao seu redor se infeste do gosto de sangue. Imagine seu próprio corpo, vivo, fazendo poesia com seus pedaços de carne e vasos de linfa.
Figure seu plasma, e suas hemácias, procurando-se, encontrando-se, consumando a fagulha que alimenta a caldeira humana. Vida. Ilustre o fim de suas células bicôncavas, no cemitério chamado baço. O que vive há de morrer, e renovar-se. O homem é um ciclo.
Abra seus braços, estique seus nervos. Mexa-se. Deixe que seu dom maior sobressaia, pense. Viva. Cante, dance, leia, pinte. Passe pelo mundo deixando seus registros, utilizando sua maior ferramenta. Seu corpo. Seus tecidos. Suas células.

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