qualquer coisa grite meu nome:

terça-feira, 13 de julho de 2010

la vie est belle.


       Somente moro no lugar em que moro - o qual você vê agora: todo madeira, nuvens, sons e sonhos de veludo - porque de certa forma é o lugar que melhor traduz por fora o que há por dentro de mim. Sou um homem cujos sonhos não me são problema porque não os calo. Permito-me amar sem distinção aqueles que realmente importam. Minha vida é simples e é assim que sou feliz.

       Não tenho pressões pois vivo para mim, ao contrário do que dizem, viver para si não é pecar por ser egoísta, mas atender os meus desejos de ficar bem. Desejos que na maior parte do tempo envolvem dar presentes aos meus amigos, ir à praia de tarde ou compor uma nova canção para a mulher da minha vida. Sou livre por nunca ter permitido que o comum me pressionasse. Sou livre por nunca ter pretendido ou lamentado não me adequar.

       Sei que ainda somos poucos os que aprendemos a viver assim. Mas aqui mesmo, entre as vielas douradas, reconheço alguns clãs. Se você vê alguém circulando "com um cordão de couro com pérolas negras preso ao pescoço ou os cabelos, é sinal que acabou de encontrar alguém do clã das irmãs Mignot". Eu mesmo conheci minha querida lá, numa noite quente de verão onde dividimos o mesmo quarto sem paredes e conversamos até o amanhecer.

       Talvez eu seja um grande sonhador, mas entendo que a vida é mais calma, profunda e sensorial do que muitos acreditam. Meu mais profundo desejo para o mundo é que ele não se cale nem cegue para essa verdade.

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