qualquer coisa grite meu nome:

sábado, 10 de julho de 2010

Saído do forno de um tópico do Orkut pra cá:

Gustavo:
Só uma provocação:

  • Ninguém aqui (nem eu), é menos alienado por não escutar restart, como alguns aqui pensam.
  • É ignorância rotular alguém porque escuta certo tipo de música, até restart. Porque? Porque a pessoa pode não dar a importância que por exemplo você dá a música e escutar para se distrair, dançar, enfim, pode ser alguém que leia livros, procura a informação, a cultura e o conhecimento de outras formas, até mesmo na música, mas não deixando de escutar outras.
  • Há muita homofobia/preconceito escondido por trás desse ódio a certos grupos de pessoa e que na minha opinião é pior do que a moda em si.
  • Há sim cultura, músicas de qualidade, pessoas inteligentes, não pensem que tudo acabou porque importamos uma moda americana, como de costume fazemos, e adolescentes a aderiram, o mundo é muito mais que isso.
  • Odiar alguém por escutar essa ou aquela banda, usar essa ou aquela roupa ou o que for... É estupidez, se não me falha a memória a constituição dá o direto à gozar da liberdade tendo como fim a felicidade própria ou coletiva desde que não interfira nos direitos do outro, logo você pode até se incomodar, apesar de ser em vão, com o outro mas não mais do que isso.

    Discutam.
    Ps: Não me acho superior, não sou perfeito e tudo o que escrevi pode estar errado, estou aqui para evoluir, não para ser avaliado.

Bom Gustavo. Discutir-te-ei, como pedistes. Ou talvez não exatamente como pedistes, mas isso não faz diferença aqui..

Tem muitas coisas que você disse e que são verdade. O fato é que quando as pessoas se reúnem por um motivo, muitas coisas podem acontecer. Então, por exemplo, os adolescentes que hoje curtem Restart, se unem pra defender o gosto musical, as idéias, e tudo o mais. Ok, isso não é nenhum problema, todos podem gostar do que bem quiserem, e não existe essa de dizer "mas meu gosto é superior ao seu". Só que ao invés de se proporem a discutir as coisas, ficam só naquela alienação de "xingar no twitter", fazer de tudo pra minha banda preferida entrar no top ten mtv, essas coisas. As pessoas, hoje em dia, parece que quase só se mobilizam por motivos muito fúteis, motivos que só trazem bem individual. E quando eu digo "pessoas" claro que não são todas, mas sim a maioria. Na verdade, sempre foi assim, em todas as épocas existirão a maioria dominante e aquele grupo que contesta, o que muda são só os assuntos e os suportes (vide cartas mandadas para os jornais e agora o twitter).

A verdade é que hoje, parece que vivemos num mundo que celebra o descartável, plástico, instântaneo e não dá mais valor pro que é duradouro, pro que precisa ser trabalhado dentro de você. Todo mundo vive ávido por um conceito, sabe, têm fome de ideias já moldadas por outras pessoas. Preguiça de pensar, ou às vezes medo de falar o que realmente pensa. Sabe aquela história do primeiro dia na escola, onde você chega e não conhece ninguém, aí te perguntam o que você gosta de ouvir, e você diz Lady Gaga, porque sabe que quase todo mundo gosta e quer se enturmar ? Antes podia ser Elvis Presley, N'SYNC, tanto faz. Mas o desejo de se "enquadrar" nunca mudou.

Acho que o problema são as pessoas que, não só na nossa geração, moldam o que têm por dentro de acordo com o que tem por fora. Por isso mudam tão rápido de estilo musical, de amores, etc. O certo, na verdade, é ser sempre só você, mas nunca deixar de respeitar o próximo. Temos que aprender que viver é argumentar, conhecer tudo que for possível, aceitar as diferenças, mas sem perder a personalidade. Não somos robôs.

Um comentário:

  1. acho que o ponto mais importante pra mim sobre este assunto é a idolatria por coisas fúteis. Chorar como se mãe tivesse morrido e dizer que vai xingar muito por motivo tão banal. Quase certo que a culpa não é da banda, mas demonstrações destes atos ridículos é lamentável.

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