qualquer coisa grite meu nome:

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Momento 4 – a plateia do Coliseu estava composta por cadeiras, como que preparada para alguma ópera. O espectador que se sensibilizasse mais e se levantasse para prestar tributo à grandeza do que ouvia, era de imediato convidado a sentar-se, por um empregado de fato e gravata mais zeloso. Típico. Normal. Mas estávamos num concerto de Patti Smith e fronteiras (limitações, timidez, vergonha) não são muito com ela. Abandona uma das músicas no meio – "Dancing Barefoot" -, a banda é obrigada a inventar uma fase instrumental mais prolongada, e aquela mulher magra de cabelos grisalhos percorre sozinha todos os corredores da plateia, acena e cumprimenta todos os espectadores e, debaixo das luzes altas do Coliseu, levanta toda uma sala que nunca mais fica no lugar.

PATTI SMITH: 7 RAZÕES PARA A CHAMARMOS DE GRANDE.

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