qualquer coisa grite meu nome:

sábado, 28 de agosto de 2010

aos 17 ela cai.

Não sei de que lugar vim, e muito menos qual vai ser o último que verei antes de morrer. Você nunca se perguntou como é saber demais? Às vezes eu acho que não pertenço à ninguém, às vezes eu acho que não deveria existir. Não sei. Os sonhos são fugas ou planos? Não tenho planos. O que é mais triste em toda a minha vida é que eu sou vazia, extremamente sozinha por dentro. É triste. Enquanto houver esperanças, enquanto houver expectativas ou algo que você realmente goste de fazer, sua vida estará a salvo. A minha não mais. E vejo as outras pessoas ao meu redor, que ligam e dizem "eu te amo" e nem assim eu consigo retribuir. Não sei porque nasci. Deveria ter ficado quieta para sempre, no meu campo de morangos, ou no do centeio. Só um broto inexistente. Ainda me pego às vezes desejando coisas, e sei que é nesses momentos breves que reside a minha última chance. Mas todos os meus desejos residem em outras pessoas, e essas pessoas não têm e nunca terão a chave da minha salvação. Morrerei sozinha. Porque morrer, pra mim, é só oficializar um fato já consumado.

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