qualquer coisa grite meu nome:

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Meus dedos congelavam e eu sentia a morte tão perto, tão perto. Podia enxergar o brilho gelado, azul como a dor, e as luzes todas indo embora, deixando pra trás só mais um pedaço de céu escuro. As estrelas despontavam em cima de mim, e eu ainda enterrada: metade semiconsciente, a outra metade morta. As palavras, onde quer que estivesse agora, já não me seduziam, não valiam nada. Eu tinha passado toda minha vida sozinha, sonhando com o dia em que teria qualquer coisa pela qual valesse a penar dormir. Nada. Acho que todos os longos anos tristes que vivi foram um erro. É uma pena que eu tenha descoberto isso tão tarde, tão sozinha, tão frio...

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