qualquer coisa grite meu nome:

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Querido pai,

Não vou esperar o dia em que você estiver morto pra te contar as coisas que eu já aprendi sobre você. Pra te fazer saber como eu gosto quando você me conta do mundo, e como eu sempre sinto uma enorme segurança do teu lado. Sei que você é só um e não é nenhum super homem, mas de todos os heróis que eu conheci, falsos e inexatos, você é o melhor. O que brilha mais e que vai mais longe. A gente briga, é verdade, e se desentende. Eu já chorei por você, por todas as razões que existem para se chorar: amor, preocupação, raiva, medo, angústia, burrice. E sei que você se decepciona às vezes, se não quase sempre (risos), mas eu não esqueço o dia que você disse que eu era teu leme, que eu te dava direção. Eu entendi de primeira, eu sei o que você quis dizer. Não é só por eu ser sua filha mais velha, por ter sido a primeira dos três, por ter te mostrado que você era capaz de uma coisa maior do que só destruição: construir uma nova vida (duas, a tua e a minha), mas porque eu sou muito você. Sou mais você do que meus dois irmãos homens. Sou mais você do que você às vezes se permite ser. Mas a gente sempre aprende um com o outro. Não é só que eu te ame, é que sem você não vivo.

M.

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