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domingo, 15 de agosto de 2010

A primeira grande banda da minha vida.



É que os caras eram tão certos e profundos, que a banda nasceu da união de um monte de gostos em comum e outros muitos opostos. Mas nasceu. Das mãos de um guitarrista amante de camadas e camadas de som, som tão puro. Você tem idéia, consegue imaginar o quão complexo é o som do Queen? É como sentar na grama e ver as árvores ao redor desfolhando-se no outono, como assistir uma explosão de muitos mil fogos de artifício, ou o movimento virtual dos lenços de uma dançarina de belly dance. Não é que você escolha prestar atenção, é que tem que prestar ou simplesmente se perde no meio da virada da música. Das mil vozes do vocalista mais performance de ouro, performance de ópera. Porque cada nova canção parecia contar uma nova história e de uma forma diferente de tudo que já se tinha visto. Principalmente bem no começo, nos anos 70. O cara realmente se achava no glam rock! E eu sei que muita gente subestima o caladão do baixo, mas se você tem um mínimo de cabeça consegue ver que ele sempre dança nos shows, e ri nas entrevistas, e compôs algumas das melhores. Então ele não era substituível, desnecessário, insensível ou qualquer outra bobagem que se possa dizer. Quanto ao baterista, vou me ater ao fato de ele ser um dos poucos que cantam e tocam ao mesmo tempo, e tinha uma voz muito interessante e sabia bem o que fazer com ela, além de ser um cara divertido, boa praça e bom baterista. A verdade é que bandas preferidas não se escolhem, e nada do que eu escrevi aqui tem o poder de te fazer gostar do Queen, só as músicas deles. Então os ouça.
PS: Escolhi esse vídeo de um dos shows da década de 80, porque a banda sempre conseguiu passar o espírito das canções nas apresentações ao vivo. A música, que começa aos 50 segundos, é a primeira do primeiro cd deles, Keep Yourself Alive, e sério, é foda demais, uma das minhas preferidas.

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