qualquer coisa grite meu nome:

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

hoje:

Eu tenho 17 anos, mas pareço ter na verdade duas idades conflitantes. Às vezes me revelo uma idosa perfeita, cheia de preconceitos e besteiras, medo de se jogar. N'outras sou uma fedelha irritante, no duro, uma burra inexperiente. Mas o que eu aprendo, aprendo com os livros que leio e as músicas que escuto. E o meu mundo, mesmo que não exatamente comum, mesmo que nada parecido com o habitual, é um lugar só meu, e que eu adoro e entendo. Uso anéis grandes e todos ao mesmo tempo na mesma mão, e meu cabelo nunca foi tão ruim de lidar quanto agora neste ano. Estou gorda e escolher roupas que não explicitem isso me fode todos os dias. Não é mesquinharia, conheço muitos gordos que se amam e são confiantes e são lindos. O meu problema é mais embaixo. Estar gorda pra mim só piora um quadro muito mais fodido. A maior parte das pessoas que eu conheço, não gosto nem desgoto e delas raramente sinto saudades. Aliás, é muito difícil me ouvir falando de sentir saudades de alguma coisa, sinto muitas faltas, mas saudades não. Não são as mesmas palavras e não têm o mesmo sentido. Não sei se é um defeito, mas com certeza é um erro meu não me permitir demais, não me apegar demais. Na ânsia de não sofrer é que eu realmente sofro pra caralho.

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