qualquer coisa grite meu nome:

sábado, 21 de agosto de 2010

Aqui existem regras que imperam sob a forma do silêncio. Não nos são permitidas muitas regalias e não nos são dados muitos sonhos. Mas o mais importante é que nenhum de nós parece ter o direito de questionar. Porque são as coisas feitas como são, e porque eu sou quem sou? Oras, eu exijo com todo o poder da minha voz ter a minha vida inteira de uma vez e com as minhas responsabilidades. Não quero mais ser parte integrante de ninguém. Não quero mais ter que ser vigiada cem por cento do tempo, como se eu fosse uma daquelas crianças de 3 anos a quem nada é permitido e o mundo inteiro é como muitas peças de lego (ou qualquer outro estúpido brinquedo) com o qual eu pudesse me engasgar. Porque eu quero mesmo me engasgar com o mundo, que é pra ver se depois de um tempo pelo menos eu consigo engolir. Eu quero minhas próprias portas, que serão abertas com minhas próprias chaves, e ai que surpresa boa, também meus próprios braços. Porque pela primeira vez eu quero sentir que o mundo é perfeito, eu sei que não é, mas quero realmente sentir algo assim. Não é a inexatidão das coisas que me chateia, é que eu não consigo admitir que poderia ser feliz assim mesmo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário